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Carta de Alexandre para os habitantes de Quíos, século IV a.C

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O texto a seguir faz parte de uma carta de Alexandre aos habitantes da cidade grega de Quíos. Ele reflete a nova realidade imposta às cidades gregas pelo domínio macedônio. Alexandre manteve a tradição grega pela qual cada cidade tinha sua própria Constituição. Mas os cidadãos já não tinham liberdade de escolha, pois a Constituição dependia da aprovação de Alexandre. As pólis gregas, eram totalmente autônomas, passavam a fazer parte de um  Império. O texto retrata os dois aspectos da cidade Helenística: autonomia legislativa interna e ausência de política externa e militar independente.
Os exilados originários de Quíos (cidade grega)  retornarão todos. Nomógrafos serão eleitos para redigir e refazer as leis, de maneira a retirar tudo que fira a democracia e o retorno dos exilados. As redações e correções serão submetidas a Alexandre. Os habitantes de Quíos fornecerão vinte trirremes (barco grego com três fileiras de remos) armadas, à sua custa: essas trirremes navegarão  pelo mesmo tempo que o restante da marinha dos gregos.
Aqueles que entregaram a cidade aos bárbaros, aqueles que fugiram, serão banidos de todas as cidades que assinaram a paz e serão passível de prisão, segundo a decisão dos gregos. Os que ficaram serão processados e julgados pelo sinédrio (tribunal) dos gregos. Se ocorrerem disputas entre os que ficaram e os que retornaram, serão julgadas por nós. Até que os habitantes de Quíos tenham preparado sua Constituição, haverá uma guarnição militar do  Rei Alexandre, grande o suficiente e custeada pelos locais.
FUNARI, Pedro Paulo A. Antiguidade Clássica: a História e a cultura a partir dos documentos. Campinas, 2002, p 128.
O período Helenístico
A Grécia ficou desgastada com as guerras internas, e o ideal das pólis estava praticamente destruído. Simultaneamente, o Império Persa, tendo reconquistado sua hegemonia na Ásia Menor, ameaçava a rota do trigo dos atenienses, que não tinham condições de combater.
A desintegração das cidades-estado facilitou sua conquista pelos macedônios, povo aparentado com os gregos. Esse povo submeteu o Império Persa e formou um grande império, que veio a se construir no chamado mundo helenístico.
O império de Alexandre
Alexandre, filho de Filipe II, assumiu o trono com  20 anos de idade e se transformou num dos maiores líderes militares da história.
A Pérsia continuou  sua  política expansionista , sob a liderança de Dario III. Na primavera de 334 a.C, o exército de Alexandre (agora também  com soldados gregos) iniciou guerra contra a Pérsia, invadindo o Helesponto e sagrando-se vencedor. Em pouco  tempo toda Ásia Menor estava sob o domínio de Alexandre.
Em seguida, Alexandre marchou sobre a Fenícia e dominou-a, enquanto os exércitos de Dario III batiam em retirada. Também o Egito, um dos mais ricos domínios do Império Persa, caiu nas mãos de Alexandre. Em 332 a.C, foi fundada, no delta do Nilo, a cidade de Alexandria, que se tornou o mais importante centro comercial e cultural do Mediterrâneo.
A derrota dos persas deu-se em Gaugamela, no Mediterrâneo, em 331 a.C. O rei destruiu completamente Persépolis, como vingança à destruição de Atenas pelos persas.
Alexandre encontrou nas cidades e palácios do Império Persa grande quantidade de ouro e prata.
A marcha militar de Alexandre prosseguiu até o interior do Irã, atingiu o Afeganistão e dominou parte da Índia.
Alexandre se casou com a princesa Roxana, filha de Dario III, rei dos persas, com esse ato, o rei incentivou as relações entre persas e macedônios (helênicos). Seus generais também se casaram com mulheres da nobreza persa.
Alexandre morreu em 324 a.C., aos 33 anos de idade. Seu grande império foi dividido pelos diádocos (generais sucessores) em quatro partes: a Mesopotâmia, o Egito, a Ásia Menor e a Grécia.
PEDRO, Antonio. História da civilização ocidental. ensino médio. v. único

 

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