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Vida Familiar

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Os germanos vivam em comunidade, e a família tinha grande importância  para eles. Na família, o pai tinha autoridade absoluta sobre a esposa e os filhos. Havia povos polígamos e monogâmicos. Nesses últimos, a mulher, era a responsável pela manutenção da tradição familiar. Ao se casar, a mulher levava consigo, como dote, animais e armas. No dia da cerimônia, o marido apresentava o dote da esposa aos seus pais e dizia que o mesmo seria transmitidos aos seus filhos.

A esposa, por sua vez, dava uma arma de presente ao marido, o que significava que desejava compartilhar da vida perigosa do guerreiro.

Até o casamento, a mulher vivia no meio familiar, trabalhando nos serviços domésticos ou na agricultura. O homem, por sua vez, vivia com a família até aproximadamente 15 anos, idade em que, geralmente, recebia do pai o escudo e a lança e ia conviver com guerreiros. Se fosse de família nobre, o jovem iniciava o treinamento militar orientado por um chefe.

Mesmo depois de casado, o jovem continuava sob a proteção de sua família. Caso fosse assassinado, a família o vingaria, e, finalmente, se devesse a alguém, sua família pagaria a dívida.

Sociedade e poder

Nas sociedades germânicas, as pessoas de maior prestígio eram os homens livres. Havia entre eles um grupo de nobres que possuía a maior parte das terras e dirigia a comunidade. Somente os homens livres podiam portar armas nessas sociedades guerreiras. Abaixo deles vinham os semilivres, indivíduos pertencentes aos povos vencidos. Por último, havia os escravizados, que eram geralmente prisioneiros de guerra ou pessoas que não puderam pagar suas dívidas.

O poder entre os germanos era controlado pelos chefes do mais importante comitatus. O comitatus era um bando formado de jovens guerreiros, comandados por um chefe ao qual prestavam juramento de fidelidade. Em algumas comunidades, o cargo de chefe era hereditário, isto é, passava de pai para filho. Com o aumento das guerras contra os romanos, os chefes enriqueceram e conseguiram muitas terras.

Em tempos de paz, o poder ficava com a assembléia de guerreiros que se reunia periodicamente para resolver desentendimentos e eleger um chefe. Em tempos de guerra, os chefes militares tinham amplos poderes. Como as guerras ocorriam cada vez com mais freqüência, alguns desses comandantes tornaram-se reis.

O direito germânico

Entre os germanos não havia lei escrita. As leis, bem como toda cultura germânica, eram transmitidas oralmente. Por isso se diz que o direito germânico era consuetudinário, ou seja, baseava-se nos costumes. Cada comunidade tinha leis e costumes próprios.

Uma característica das leis germânicas é que elas permitiam que se fizesse justiça com as próprias mãos. Por exemplo: caso um jovem fosse assassinado, seu pai tinha o direito de vinga-lo, matando o criminoso.

Outra característica era o Wergeld, que significa “preço do sangue”: quando um homem cometia um crime, ele ou sua família deviam pagar uma soma em dinheiro à vítima ou a seus parentes. O não-pagamento da multa geralmente levava a um conflito entre as duas famílias. Em virtude disso, o clima de guerra era permanente.

A lei, portanto, não era igual para todos, já que algumas vidas valiam mais do que outras. A multa variava de acordo com a posição social ou o sexo da vítima. A vida de um nobre, por exemplo, valia mais do que a de um homem comum. Já o preço da vida de uma mulher livre era menor do que o de um homem livre. Além disso, era comum o uso de tortura: obrigava-se o acusado a mergulhar a mão em água fervente ou a segurar uma barra  de ferro em brasa.

Mitologia Germânica

Os povos germânicos criaram uma mitologia tão fascinante quanto a dos gregos, por exemplo. Seus deuses também possuíam características humanas e divinas. Um desses grupos germânicos, os normandos, mais  conhecidos como vikings, hábeis navegadores, conservaram e enriqueceram a mitologia germânica. O motivo disso foi que, sendo habitantes da Escandinávia, no norte da Europa, região muito pouco explorada pelos romanos, quase não tiveram contato com a cultura Greco-romana.

Os principais deuses germânicos eram:

  • Odin:-   rei e também o mais misterioso dos deuses. Contam que, para obter uma grande sabedoria, sacrificou ele próprio um de seus olhos. Odin contava com a ajuda de dois corvos, seus fiéis mensageiros. Hugin, o pensamento, e Munin, a memória. Os dois contavam-lhe tudo o que acontecia no mundo. Odin era também o deus da guerra. Durante as batalhas, costumava ajudar seus seguidores. Para os normandos, somente a existência de um deus cruel e, por vezes desonesto como Odin poderia explicar a violência no mundo. Seu nome original germânico era Wotan. Os bretões o chamavam de Woden, daí o nome da quarta-feira em inglês, Wednesday.

Odin

  • Thor:-   filho de Odin, ao contrário de seu pai, era um deus generoso e ingênuo. Era o deus do trovão e das tempestades. Acreditava-se que o barulho do trovão fosse provocado pela sua carruagem, puxada por dois bodes, correndo estrondosamente pelos céus. Sua principal arma era um grande martelo de pedra chamado de Mjollnir. Como os trovões estão associados às chuvas, Thor também era o deus das chuvas e da fertilidade. Pela sua boa índole, era amado e querido por todos. Thursday, a quinta-feira em inglês, é assim chamada em sua homenagem. Significa “o dia de Thor”

Thor

  • Loki:-    era o mais trapaceiro dos deuses. Gostava de pregar peças e mentiras.
  • Friga:-  era uma deusa belíssima, mulher de Odin. Ao lado de Thor, cuidava da fertilidade. Graças a ela, as plantações cresciam nos campos e as mulheres conseguiam engravidar. Vem de seu nome a sexta-feira em inglês: Friday.
  • Hel:-    Era a monstruosa filha de Loki. Governava o reino dos mortos, que também tinha o seu nome. Daí surgiu a palavra hell, que em inglês significa “inferno”.

O espírito guerreiro dos germanos reflete-se também na sua mitologia. A coragem no campo de batalha era o valor mais exaltado entre eles.  Acreditavam-se que os guerreiros mortos em combates eram levados pelas valquírias, donzelas guerreiras montadas em cavalos alados, para o wahalla, paraíso dos guerreiros.

fonte: BOULOS, Junior Alfredo. Coleção História Sociedade & Cidadania. p. 228/9/30

 

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