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A América espanhola

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Quando chegaram ao continente americano, em 1492, a primeira região que os espanhóis conheceram foi a ilha de Hispaniola, onde  ficam os atuais Haiti e república Dominicana. Nas viagens seguintes, os conquistadores exploraram outras ilhas das atuais Antilhas, também chamadas de Caribe.

O que mais interessava aos espanhóis era encontrar ouro.Quando descobriram as primeiras reservas, começaram a explorar esse  minério com enorme pressa e avidez, utilizando o trabalho forçado indígena.

A exploração das minas de ouro era feita pelo sistema de encomienda (encomenda), criado em 1503. Cada colonizador, chamado de encomendero, recebia do rei da Espanha o direito de explorar o trabalho dos nativos em troca de sua catequização. Os colonos espanhóis entendiam que o rei encomendava a eles e a salvação das almas dos nativos, daí o nome encomienda.

Essa forma de trabalho era similar à escravidão, mas se diferenciava dela no aspecto hereditário. Enquanto os descendentes de escravos eram considerados cativos por um número indeterminado de gerações, no sistema encomienda o trabalho forçado se estendia por quatro gerações no máximo. Na prática porém, as vítimas da encomienda e seus descendentes fizeram trabalhos forçados para os espanhóis até o século XVIII. Homens, mulheres e crianças eram obrigados a um trabalho desumano e estafante, que muitas vezes provocava a morte. Ao lado das doenças, o sistema de encomienda deu início ao extermínio de milhões de indígenas do continente americano.

Muitos membros da Igreja católica fizeram vista grossa aos abusos cometidos contra os ameríndios. Alguns, inclusive, usaram índios para enriquecimento próprio. Mas houve também religiosos que lutaram em defesa das populações indígenas.

Os indígenas também lutaram em defesa própria. Reagiram de diversas formas ao trabalho duro e mal remunerado, aos castigos corporais e ao desrespeito por seu modo de vida: praticando o aborto e o suicídio, enfrentando os capatazes ou fugindo para as matas, sozinhos ou em grandes grupos.

A sociedade colonial hispano-americana era formada por uma minoria de brancos, com grande riqueza e poder e uma maioria de índios, mestiços e africanos, que geralmente, tinham péssimas condições de vida e trabalho.

Na América espanhola existia uma relação estreita entre origem, cor e ocupação:

  • Os colonos nascidos na espanhola de cor branca ocupavam os caros mais altos na sociedade.
  • Os filhos de espanhóis, nascidos na América de cor branca eram proprietários de terras e minas.
  • Os nascidos de uma união entre espanhóis e índios ou negros (mestiços) eram comerciantes, artesãos ou capatazes.
  • Os indígenas (amarelos), trabalhavam nas minas, nos campos e nas cidades realizando serviços pesados por meio de trabalhos forçados como a mita.
  • Os africanos e seus descendentes (negros), trabalhavam como escravos nas grandes plantações.

Nas cidades fundadas pelos colonizadores, os filhos de espanhóis nascidos na América tinham grande poder. Desse grupo social saíam os vereadores da câmara municipal. Essas câmaras eram chamadas de cabildos.

Os cabildos resolviam problemas ligados à própria cidade, como segurança interna e defesa, e faziam cumprir as leis do governo espanhol. O órgão do governo espanhol encarregado de fazer leis e nomear funcionários para as colônias era o Conselho da Índias, criado em 1542. Esta órgão resolvia os problemas jurídicos, religiosos ou militares que diziam respeito às colônias espanholas.

Adotando o princípio de “dividir para governar”, o rei da Espanha dividiu a América espanhola em quatro vice-reinos: o da Nova Espanha, o do Peru, o de Nova Granada e o do Rio Prata.Com isto, ele melhorava o controle sobre suas colônias americanas. Os vice-reis tinham grandes poderes, mas eram fiscalizados por auditores enviados pelo rei. O rei criou também as capitanias gerais: Cuba, Guatemala, Venezuela e Chile, todas situadas em áreas estratégicas. Estas capitanias deviam defender as colônias de possíveis ataques estrangeiros.

 fonte: Adaptado de AQUINO, Jesus & OSCAR. História das Sociedades Americanas. Rio de Janeiro. Eu e Você Editora, 1991. p. 65.

Os reis espanhóis também exerciam rígido controle sobre o comércio colonial. Pelo pacto colonial, a América espanhola só podia vender para a Espanha, e somente dela podia comprar aquilo que necessitava. O comércio e a navegação entre a Espanha e suas colônias americanas eram controlados por um órgão do governo que ficava na rica cidade espanhola  de Sevilha.

O controle era feito pelo sistema de portos únicos: os navios que iam para as colônias só podiam sair de Sevilha, na Espanha. Os que iam para a Espanha só podiam sair de Havana (Cuba), Vera Cruz (México), Cartagena (Colômbia) e Porto Belo (Panamá). Todos os demais portos americanos ou espanhóis eram proibidos de participar desse comércio.

Outra forma de controle era o sistema de frotas e galeões: os navios que transportavam mercadorias da Espanha para a América e da América para a Espanha tinham de viajar juntos  (frotas), protegidos por outros navios fortemente armados (galeões). As frotas vinham e voltavam duas vezes por ano.

Dessa forma a Espanha mercantilista fiscalizava melhor o comércio com suas colônias e procurava se defender dos ataques de corsários, ingleses em sua maioria. O rígido monopólio do comércio colonial acabou provocando uma reação esperada: o contrabando. Embora existisse em toda a América espanhola, o contrabando foi maior na região das Antilhas e do rio da Prata.

BOULOS JUNIOR, Alfredo. coleção História- Sociedade & Cidadania. ensino fundamental.

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