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O Cisma do Ocidente

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Apesar  de seu caráter universal e de estar acima dos reis e do imperador, a Igreja católica não era imune a crises. Pelo contrário. Durante a Idade Média, sua autoridade temporal foi contestada e mesmo negada diversas vezes, como na disputa entre o imperador Henrique IV e o papa Gregório VII. Essa disputa, conhecida como Querela das Investiduras, começou porque o papa decidiu extinguir o direito que tinha o imperador de dar  posso (investir) aos bispos do Sacro Império romano-germânico. Iniciada em 1076, a Querela das Investiduras só terminou em 1122, com a Concordata de Worms.

Outra séria crise teve início em 1308, quando o rei da França, Filipe IV, o Belo, quis obrigar o clero francês a pagar impostos. A resposta do papa Bonifácio VIII foi ameaça-lo de excomunhão. Filipe enviou então alguns emissários a Roma para obrigar o papa a ceder. Em meio à crise, Bonifácio VIII faleceu e Filipe, o Belo, aproveitou o momento para transferir a sede do papado para a cidade de Avignon, na França; Essa situação perdurou até 1378, quando o papa Gregório IX, que estava em Roma naquele ano, faleceu.

Com a morte de Gregório IX, a população de Roma reivindicou a escolha de um papa local e o retorno do papado à cidade. Os cardeais cederam às pressões e elegeram Bartolomeo Prigano, arcebispo de Bari, que assumiu a chefia da Igreja com o título de Urbano VI. Descontentes com o resultado, alguns cardeais retiraram-se para Nápoles, onde em setembro do mesmo ano escolheram Roberto de Geneva para substituir Urbano VI. Roberto adotou o nome de Clemente VII e estabeleceu a sede do papado novamente em Avignon.

Esse interrompimento no interior da Igreja ficou conhecido como  Cisma do Ocidente. Clemente VII recebeu o apoio do duque de Borgonha e dos reis Aragão, França, Nápoles e da Escócia. Urbano VI foi apoiado pelo rei da Inglaterra e pelo imperador do Sacro Império romano-germânico.

A divisão permaneceu até o começo do século XV. Em 1414, teve início o Concílio de Constança, destinado a reunificar a Igreja católica. Em 1417, Martinho V foi escolhido como único papa, pondo fim à divisão.

Sacro Império romano-germânico: Conhecido em latim como Sacrum Romanorum Imperium Nationis Germanicae, surgiu em fevereiro de 962, com a coroação do Imperador Oto I. Correspondia ao território das atuais Alemanha, Bélgica, Holanda e Áustria. Em 982, Oto II, filho de Oto I, tomou o título de Imperator Romanorum (Imperador dos Romanos). A expressão Sacro Império, surgiu só no século XII; o termo Sacro Império romano apenas no século XIII.
O Sacro Império romano-germânico deixou de existir em 1806, após a expansão militar da Revolução Francesa (1789). 

Os integrantes da Igreja católica, estavam submetidos a uma rígida hierarquia, na qual os postos mais altos eram ocupados pelo, papa e pelos cardeais, seguidos pelos bispos. Abaixo deles se espalhava uma vasta rede de padres, abades, freiras, monges, vigários e pessoas que exerciam diversas funções.

Atualmente, a Igreja católica reúne cerca de 1 bilhão de fiéis em todo o mundo. É a segunda religião em número de adeptos, superada apenas pelo islamismo. Entretanto, se considerarmos globalmente a fé cristã como uma única religião, acrescentando aos católicos os cristãos ortodoxos e os protestantes, ela seria a primeira religião em número de seguidores, com aproximadamente 2 bilhões de fiéis.

 

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