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O humanismo e o homem renascentista

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Uma das bases para entender uma determinada cultura é a concepção de ser humano que ela elabora. Seguindo esse raciocínio, será mais fácil de entender o Renascimento se pensarmos em que a cultura renascentista era diferente da medieval. O ideal do homem medieval era o que ele deveria ser: puro, santificado, capaz de superar o pecado para garantir a salvação da alma. Mas a realidade do mundo era outra: o ser humano era visto como pecador, impuro. Dessa forma as pessoas só se realizariam após a morte. A pureza só seria atingida pela alma.

Se usarmos o raciocínio oposto teremos o ideal do homem renascentista. Esse novo homem típico da época do Renascimento, que se opunha ao ideal de homem medieval, ficou conhecido como humanista. Ele dominava vários campos do saber e do conhecimento. Leonardo da Vinci é um bom exemplo desse novo homem: ele foi, em diferentes épocas da vida, arquiteto, mecânico, urbanista, engenheiro, fisiologista, químico, escultor, botânico, geólogo, cartógrafo, físico, precursor da aviação, da balística, inventor do escafandro e do pára-quedas e também um dos maiores mestres da pintura italiana desse período e talvez um dos maiores que a humanidade já produziu.

Da Vinci não era uma exceção, mas um exemplo bem-sucedido do ideal de todo intelectual renascentista: tornar-se um sábio, dotado de uma cultura vastíssima, dirigida para as mais diversas áreas do conhecimento humano. A idéia predominante na época era de que o homem era o centro do universo, contrapondo-se à idéia medieval de que Deus era o centro do universo. Isto é, o antropocentrismo opondo-se ao teocentrismo. Isso não queria dizer que o humanista era ateu. Na verdade, ele considerava o ser humano a mais perfeita realização de Deus. A diferença entre essa e a concepção medieval era a de que este ser humano completo se realizaria aqui mesmo na terra e não numa vida depois da morte.

Esses pensadores humanistas provinham, de início de famílias abastadas. Mas, com o desenvolvimento da cultura renascentista, passaram a surgir também das famílias modestas. Pintores, escultores e escritores não conseguiam ainda viver exclusivamente da venda de suas obras. O consumo de seus trabalhos pelos mercadores ricos não era suficiente para mantê-los. Dessa forma, muitos humanistas empregaram-se como secretários ou tutores nas casas de mercadores ou príncipes da nobreza. E, embora fossem entusiásticos reformadores do mundo e fanáticos pioneiros do progresso, sua participação política estava ligada aos grandes potentados da época.

antropocentrismo

doutrina que considera o homem o centro do Universo

teocentrismo

teoria que afirma ser Deus o centro do Universo

potentado

indivíduo poderoso

PEDRO, Antonio. História da civilização ocidental. ensino fundamental. volume único

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