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O Fim do Terror

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Em julho de 1794, um golpe de Estado pôs fim ao período do Terror e trouxe de volta ao poder os grupos mais conservadores da Revolução. No ano seguinte, foi criado o Diretório, órgão composto de cinco pessoas escolhidas pelo Senado para governar a França. Entretanto, ao contrário do que esperavam os conservadores, o país não entrou em um período de estabilidade.

Em 1795 foi aprovada a terceira Constituição desde o início da Revolução Francesa. Ela substitui a Constituição republicana de 1793, que por sua vez já substituíra a Constituição monarquista de 1791. A existência de três Constituições num prazo de apenas cinco anos indica a instabilidade do governo francês.

Além disso, a economia encontrava-se em condições difíceis. Estradas e portos haviam sido danificados pelas disputas internas.

A produção industrial encontrava-se estagnada e o preço dos produtos aumentava constantemente. Para piorar, em 1799 diversos governos europeus formaram uma nova coligação para combater a Revolução.

Nessas circunstâncias, o Estado francês passou a depender cada vez mais de seu exército, o que aumentou a influência dos militares na política. Conscientes de sua importância naquele momento, o general Napoleão Bonaparte e outros militares se aliaram à burguesia e desfecharam um golpe de Estado que acabou com o Diretório e estabeleceu um governo forte e autoritário: o Consulado.

O golpe ocorreu no dia 9 de novembro de 1799, ou melhor, no dia 18 do mês Brumário, de acordo com o calendário republicano francês. Por isso, ele ficou conhecido como "18 Brumário"

 

 Pintura à óleo de François Bouchot (1840)  Conselhos dos 500

Napoleão Bonaparte no Conselho dos 500. A cena acima representa o momento em que Napoleão anuncia aos deputados a extinção do Diretório, o fim da Constituição de 1795, a dissolução do próprio Conselho dos 500 e a instalação do Consulado. Era a consumação do golpe de Estado de 18 Brumário (9 de novembro) de 1799.

O que levou Napoleão ao topo?

Napoleão, cujo apelido era Grande Corso, pelo fato de ter nascido na Córsega, ilha que na época pertencia à França, nasceu em 15 de agosto de 1769. Ingressou numa escola militar com 10 anos de idade e aos 16 já havia sido promovido a segundo-tenente. Aos 24 anos, quando os jacobinos estavam no comando da Revolução Francesa, Napoleão já ocupava o posto de capitão do exército. Por seu brilhante desempenho na luta para libertar dos ingleses o porto de Toulon, Napoleão foi promovido a major. Dias depois, novas vitórias contra os ingleses e a reconquista do porto de Toulon renderam-lhe a patente de coronel depois a de general-de-brigada. Em quatro meses um militar havia passado de capitão a general.

Com 27 anos, Napoleão foi nomeado comandante do exército francês na Itália, onde obteve novas vitórias. Dois anos depois entrou vitorioso no Cairo, capital do Egito. Com 30 anos, retornou à França secretamente, participou de um golpe de Estado e tornou-se primeiro-cônsul. Quatro anos depois, chegava ao cargo mais alto que um francês poderia ambicionar: o de imperador da França. Mais alguns anos e Napoleão Bonaparte era senhor de um império com 50 milhões de pessoas, quase um terço da população da Europa.

  Napoleão  em seu trono, óleo sobre tela  de Jean-Auguste-Dominique Ingres (1806)

 

De primeiro-Cônsul a imperador

A principal figura do Consulado era o primeiro-cônsul, que tomava todas as decisões políticas. O cargo de primeiro-cônsul era ocupado pelo general Napoleão Bonaparte.

Para garantir o apoio dos camponeses, o governo de Napoleão manteve a distribuição de terras realizada durante o período da Convenção Nacional (1793-1794), agradando a milhões de pequenos proprietários que temiam ter de devolver suas terras aos antigos proprietários.

Durante seu governo, Napoleão Bonaparte ordenou a publicação de diversas leis que consolidaram a maior parte das conquistas sociais alcançadas com a Revolução de 1789. Esse conjunto de leis ficou conhecido como Código Civil ou Código Napoleônico.

As principais leis do Código Napoleônico regulamentavam os direitos individuais (liberdade de religião e de trabalho) e os direitos sobre a propriedade. O casamento foi definido como um contrato para o qual deveria ser redigido e assinado um documento. O divórcio foi legalizado e todos os filhos de um matrimônio passaram a ter direito sobre a herança do pai, o que acabou com o direito de primogenitura típico do Antigo Regime.

Em 1802, um plebiscito declarou Napoleão cônsul único e vitalício. Em 1804, outra consulta popular aprovou a decisão do Senado de nomear Napoleão Bonaparte imperador da França, com o título de Napoleão I.

BOULOS JUNIOR, Alfredo. coleção: História Sociedade & Cidadania. ensino fundamental. CARDOSO, Oldimar. coleção: Tudo é História. ensino fundamental.

 

 

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