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A Balaiada

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A região do Maranhão encontrava-se em profunda crise econômica e social desde a decadência da cultura algodoeira. Dos 200 mil habitantes, aproximadamente 90 mil eram escravos. Os homens livres estavam ligados à economia pecuária e eram marginalizados e empobrecidos. O poder estava nas mãos de uma oligarquia (governo em que a autoridade é exercida por um pequeno número de indivíduos ou por uma classe) que lutava entre si da mesma forma que os liberais e os moderados da capital do país.

A rebelião teve início quando um grupo de políticos liberais, conhecidos como bem-te-vis, foi preso pelos moderados conservadores que estavam no poder. A luta estendeu-se por toda região e contou com a participação popular. O líder dos homens livres pobres e dos negros rebelados era Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, conhecido fabricante de balaios (cestos fabricados com talas de taquara,cipó ou bambu), daí o nome dado a rebelião.

A rebelião estendeu-se pelo Piauí e pelo Ceará. Muitas fazendas foram tomadas. A cidade de Caxias foi transformada na capital dos rebeldes. A repressão imperial não tardou. O coronel Luís Alves de Lima e Silva recebeu plenos poderes e desencadeou violento ataque à cidade. Reprimiu os rebeldes e conseguiu tomar Caxias, cidade que deu nome ao título desse famoso militar brasileiro.

Em agosto de 1840, a maior parte dos rebeldes se rendeu, mas o movimento ainda resistiu até o início de 1841.

A Revolta dos Malês e a Sabinada na Bahia

A Bahia foi agitada por duas diferentes rebeliões no período regencial: a dos Malês e a Sabinada. A Revolta dos Malês durou apenas dois dias, mas  teve particular importância porque foi uma rebelião de escravos.

Nos dias 24 e 25 de janeiro de 1835, os escravos de origem malê, de religião muçulmana, se rebelaram contra a opressão dos senhores brancos. Durante quase 24 horas, a cidade de Salvador viveu momentos de tensão com a rebelião dos escravos. Carentes de armas, eles foram dominados. A repressão foi violenta vitimando cerca de setenta revoltosos. O castigo, que variou desde a pena de morte até o açoite e a prisão, atingiu mais de quinhentos escravos.

Dois anos depois, a Bahia foi novamente abalada por uma rebelião. Um grupo de liberais se rebelou contra o centralismo do governo regencial. A liderança da rebelião baiana coube ao liberal Francisco Sabino Alvares da Rocha, que deu nome ao movimento. Sabino tinha afinidades e ligações políticas com Bento Gonçalves, o líder da Farroupilha gaúcha. No dia 7 de novembro de 1837, grande parte da tropa estacionada em Salvador aderiu à rebelião. A República foi proclamada em clima de euforia, mas o movimento estava isolado, o que facilitou a repressão. Depois de duros combates entre rebeldes e forças do governo central, a rebelião foi controlada, e vários rebeldes foram condenados à morte.

O significado do período regencial

No período regencial o poder era compartilhado por um tipo de colegiado, escolhido por voto entre a própria aristocracia, e, por isso, adquiriu algumas características de uma administração republicana. O Poder Moderador, símbolo do autoritarismo do Imperador, não era usado. E para que esse poder fosse consolidado, a aristocracia teve de enfrentar alguns problemas, como uma dura resistência dentro da própria aristocracia provincial, que não aceitava o centralismo, e a rebeldia de grupos populares. A resistência, como se apresentou, por exemplo, na Farroupilha e na Cabanagem, chegou a ter características de uma verdadeira guerra civil. O Brasil só foi verdadeiramente unificado e pacificado com a instituição do Segundo Reinado. Resumindo, o período regencial, no qual as rebeliões regenciais foram sufocadas, abriu o caminho para a consolidação da aristocracia rural no poder.

PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.

 

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