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As Revoltas de 1922/1924

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Inconformados com a prisão de Hermes da Fonseca, os tenentistas responderam rapidamente. Na madrugada do dia 5 de julho, comandaram uma série de levantes militares no Rio de Janeiro e em Mato Grosso. No Forte de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro, mais de trezentos homens se sublevaram  (revoltaram) e, para reprimi-los, o governo enviou mais de 3 mil soldados, que cercaram e bombardearam a fortaleza.

A maioria dos amotinados se rendeu, mas alguns decidiram enfrentar as tropas governamentais: saíram pelas ruas de Copacabana com armas em punho. Ganharam a adesão de um civil, Otávio Correia, que até então era um mero espectador dos acontecimentos. Houve troca de tiros e apenas dois rebeldes sobreviveram: os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes, que no futuro iriam assumir papéis políticos de destaque.

Esse evento, conhecido como Dezoito do Forte, marcou o início da luta dos tenentes contra o governo oligárquico. Apesar do nome, não se sabe se foram exatamente dezoito militares que participaram do episódio. Em novembro de 1922, Artur Bernardes assumiu a Presidência do país, que se encontrava sob estado de sítio desde julho.

A revolta paulista de 1924

Em 1923, o julgamento e a condenação dos envolvidos nos levantes do ano anterior aumentaram o clima de insatisfação dos tenentistas em relação ao governo federal. Essa tensão se transformou em uma nova rebelião, deflagrada no dia 5 de julho, os revoltosos ocuparam vários pontos da capital paulista, incluindo quartéis da Força Pública. O palácio do governo foi tomado no dia 8 de julho, depois da fuga do presidente do estado, Carlos de Campos. No dia seguinte foi instalado um governo provisório sob a chefia de Isidoro Dias Lopes. São Paulo permaneceu cercada pelas tropas legalistas, que bombardearam indiscriminadamente vários bairros da cidade, provocando a morte de civis. A população entrou em pânico e ocorreram diversos saques em  armazéns e depósitos.

Os rebeldes mantiveram o controle da capital paulista por mais de três semanas. Cercados pelas forças do governo federal, abandonaram a cidade de São Paulo na madrugada do dia 28 de julho de 1924, seguindo para o interior do estado. Naquele momento, o levante de São Paulo estimulara rebeliões militares no Amazonas, em Sergipe e Mato Grosso.

A Coluna Prestes

Em outubro de 1924, quando os paulistas já tinham alcançado o interior do Paraná, tropas gaúchas também se rebelaram contra o governo federal. Associadas a políticos da oposição, tropas sediadas em Santo Ângelo, São Luis, São Borja e Uruguaiana aderiram ao movimento.

Sob o comando do capitão Luis Carlos Prestes, partiram para Foz do Iguaçu (PR), onde encontraram as tropas paulistas, lideradas por Miguel Costa, em abril de 1925. Formaram uma coluna (a princípio chamada de Coluna Miguel Costa-Prestes, mais tarde, Coluna Prestes) com o objetivo de percorrer o país combatendo as tropas do governo e divulgando os ideais tenentistas.

Em quase dois anos, a Coluna percorreu aproximadamente 25 mil quilômetros, vencendo a maior parte dos combates. No início de 1927, os integrantes da Coluna se exilaram no Paraguai, na Bolívia e na Argentina.

Lampião

Quando a Coluna Prestes passava pelo nordeste do Brasil, quase enfrentou as tropas do cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Em março de 1926, Lampião foi à cidade de Juazeiro do Norte (CE) para negociar esse combate.

Por intermédio do padre Cícero, a oligarquia local ofereceu a Lampião um pagamento para que seu grupo integrasse o Batalhão Patriótico, formado para combater a Coluna Prestes. Lampião exigiu ainda o título de capitão do Batalhão Patriótico, que lhe foi concedido. Suas tropas receberam armas e munição do governo, mas nunca enfrentaram a Coluna.

CARDOSO, Oldimar. coleção: Tudo é História. ensino fundamental

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