.bookmark{ padding:0px; margin-top:15px; background:#ddd; } .bookmark a:hover { position: relative; top: 1px; left: 1px; } .bookmark img { border: 0; padding:0px; margin-top:15px; } -->

Tamanho da Letra

-A - +A

Golpe de Estado e ditadura militar na Argentina

Twit This! |

A primeira grande ação dos golpistas argentinos durante a Guerra Fria foi a deposição do presidente populista Juan Perón, que se exilou na Espanha  depois de governar o país entre 1946 e 1955. Nos onze anos seguintes, a Argentina foi governada por presidentes civis e militares opositores do Partido Justicialista.

Perón tentou voltar à Argentina em 1964, mas foi retido em uma escala no Rio de Janeiro e mandado de volta para a Espanha. Isso ocorreu porque nesse momento o Brasil também era governado por uma ditadura.

Em junho de 1966, um novo golpe de Estado depôs o presidente  civil Arturo Umberto Illia, substituído pelo general Juan Carlos Ongania. Vários militares se sucederam no governo até que, em 1973, as eleições para presidente da República voltaram a ser realizadas. O presidente eleito, Hector Cámpora, ficou apenas três meses no cargo. Em junho de 1973, renunciou à Presidência para permitir a eleição de Juan Perón, que retornara do exílio.

Perón morreu em julho de 1974, deixando o governo para sua segunda mulher, a vice-presidente Maria Estela Perón. Isabelita, como era chamada pelos argentinos, foi deposta em março de 1976 por um golpe de Estado liderado pelo general Jorge Rafael Videla, que governou o país até 1981. O governo de Videla fechou o Parlamento, acabou com os partidos políticos e iniciou a "guerra suja", movimento desencadeado pelo governo para eliminar seus opositores. Nessa "guerra", cerca de 30 mil pessoas foram assassinadas.

Isabelita Perón (Maria Estela Martinez de Perón). Única mulher a ocupar o cargo de presidente da República na Argentina, entre 1974 e 1976. Foi eleita vice-presidente da Argentina em 1973 e passou a ocupar o cargo de presidente depois da morte de seu marido, Juan Domingo Perón. Em 1976, seu governo foi deposto por uma junta militar liderada por Jorge Rafael Videla. Vive exilada na Espanha desde 1981.

Guerra das Malvinas e o fim das ditaduras argentinas

Em 1982, para fortalecer o apoio da população à ditadura, o presidente general Leopoldo Galtieri ordenou a invasão das ilhas Falkland, próximas da Argentina, mas pertencentes à Inglaterra. Essas ilhas eram objeto de uma antiga disputa entre ingleses e argentinos.

Milhares de argentinos foram às ruas para apoiar a ocupação das ilhas, conhecidas por eles como Malvinas, mas o governo não recebeu o apoio internacional que esperava. A guerra pela posse das ilhas durou de abril a junho de 1982. A Argentina foi derrotada pela Inglaterra e perdeu cerca de oitocentos soldados.

 

Port Stanley, capital das Ilhas Malvinas, habitada por criadores de ovelhas, situada no Atlântico.

Com a derrota na Guerra das Malvinas, o general Galtieri foi forçado a renunciar. Em seu lugar assumiu o general Reynaldo Bignone, que iniciou as negociações para devolver o governo aos civis. Em Dezembro de 1983, venceu as eleições o civil Raul Alfonsin, da Unión Cívica Radical (UCR). Terminava assim, a era das ditaduras na Argentina.

Em 1984, os ex-presidentes militares foram presos. No ano seguinte, cinco dos nove membros das juntas militares que governaram o país foram condenados a penas que variavam de quatro anos à prisão perpétua. Finalmente, em 1986, os militares responsáveis pela Guerra das Malvinas também foram condenados à prisão.

CARDOSO, Oldimar. coleção: Tudo é História. ensino fundamental.

Assine nosso feed. Receba por e-mail. Obrigado pela visita e volte sempre!

 

©2009 HISTOBLOG - História Geral | Template Blue by TNB