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Governo Fernando Henrique Cardoso

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Fernando Henrique Cardoso assumiu o cargo de presidente do Brasil em 1º de janeiro de 1995, para um mandato de quatro anos.

Fernando Henrique Cardoso

Economia

No seu discurso de posse, Fernando Henrique anunciou o fim da Era Vargas no Brasil. Estava dizendo, com isso, que o governo não faria mais grandes investimentos na indústria de base (siderúrgica, petrolífera, química, etc .) e nem interviria mais nas relações de trabalho.

Empenhado em manter a estabilidade do real, o governo oferecia juros altos aos investidores estrangeiros, conseguindo atrair muitos dólares para o Brasil.

Esses dólares eram usados pelo Banco Central como reservas. Assim toda vez que aumentava a procura pelo dólar e seu preço começava a subir, o governo vendia dólares no mercado financeiro e forçava, com isso, a queda do preço da moeda estrangeira, evitando a desvalorização do real.

Para reduzir o tamanho do Estado; diminuir os gastos governamentais e aumentar a arrecadação, o governo desenvolveu uma ampla campanha publicitária, defendendo a necessidade de se efetuar a reforma administrativa, a reforma da previdência e a reforma tributária.

Para colocar em prática a Reforma Administrativa, o governo conseguiu aprovar mudanças na Constituição Federal que derrubaram o monopólio estatal em alguns setores, como o do petróleo o de telecomunicações, o de energia elétrica, o de gás canalizado e o de telefonia. Com isso, o governo pôde colocar à venda várias empresas estatais, como a Vale do Rio Doce, líder mundial na área de mineração. A maioria dessas empresas estatais foram vendidas para multinacionais, como por exemplo a espanhola Telefônica. Esse processo de privatização estendeu-se por todo mandato de FHC; os bilhões de dólares obtidos foram usados para diminuir a dívida pública do governo.

 

Banco Central: Instituição Financeira estatal responsável pela emissão de dinheiro, tanto na forma de papel (cédula) quanto na forma de metal (moedas). Essa emissão de dinheiro, mesmo quando feita na forma de cédula, também é chamada tecnicamente de emissão de moeda. Todo país tem o seu próprio Banco Central. Ao Banco Central do Brasil também compete, entre outras funções, a de fiscalizar e controlar a compra e venda de moedas estrangeiras, principalmente dólares, no país.

Previdência Social: Conjunto de instituições governamentais que visam amparar os assalariados e suas famílias na velhice e na doença, garantindo-lhes benefícios em dinheiro (aposentadoria, auxílio-funeral, auxílio maternidade etc), além de assistência médica e hospitalar. A previdência social é uma conquista das lutas dos trabalhadores por melhores condições de vida durante os séculos XIX e XX. A previdência privada é uma instituição privada que, cobrando prestações dos associados ao longo de um período garanta a eles uma aposentadoria ou uma complementação da mesma

As eleições de 1998

Empenhando em reeleger-se, Fernando Henrique Cardoso adiou as reformas mais polêmicas, como a tributária e a da previdência, e empenhou-se na luta para convencer os parlamentares a aprovarem a reeleição. No decorrer de 1997, o governo conseguiu aprovar no Congresso a emenda constitucional que permitia a reeleição do presidente da República, bem como a de governadores e de prefeitos, estabelecendo o mandato em 4 anos.

Apoiado na vitória  contra a inflação e na aliança com o PFL, de Antônio Carlos Magalhães, Fernando Henrique venceu outra vez  o seu principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. O Partido dos Trabalhadores, no entanto venceu as eleições governamentais em três estados: Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Acre.

Ao vencer as eleições de 1998, FHC tornou-se o primeiro presidente do Brasil a ser eleito dias vezes consecutivas.

 

A crise financeira

Nos primeiros dias de 1999, uma crise aguda desencadeada no exterior abateu-se fortemente sobre o Brasil. Dois anos antes, quando uma forte recessão econômica atingiu os chamados Tigres Asiáticos, sobretudo Coréia do Sul e Cingapura, temia-se que o Brasil também fosse atingido, pelo fato de a sua economia ter características semelhantes às daqueles países. Em 1998, quando essa crise se estendeu à Rússia e o governo daquele país suspendeu o pagamento de suas dívidas por tempo indeterminado, a desconfiança veio novamente à tona: julgou-se que o Brasil seria o próximo a agir dessa forma.

Por isso, investidores internacionais e nacionais que tinham grandes somas aplicadas no Brasil retiraram bruscamente seus capitais do país. Com isso, nos primeiros 13 dias de 1999, as reservas do Banco Central baixaram em 40 bilhões de dólares, ou seja, caíram à metade. Sem reservas suficientes para vender no mercado e proteger o real, o governo permitiu a livres negociação da moeda norte-americana. Resultado: em poucos dias o real perdeu cerca de 50% de seu valor frente ao dólar. O governo manteve a desvalorização da nossa moeda e elevou ainda mais a taxa de juros, para atrair capitais.

Essa crise brasileira teve aspectos negativos e positivos. Por um lado, com os juros altos, as empresas diminuíram seus investimentos na produção e despediram funcionários, aumentando o desemprego. Por outro lado, a desvalorização do real incentivou as exportações - os exportadores passavam a receber mais reais por suas mercadorias, que ficaram mais baratas e, portanto, mais competitivas - e inibiu as importações, pois era o dobro de reais para comprar no exterior os mesmos produtos.

Durante o governo Fernando Henrique o desemprego se manteve alto.

Os efeitos da crise, especialmente o crescimento do desemprego, aumentaram a insatisfação popular. Essa insatisfação refletiu-se nas eleições municipais realizadas em todo país no ano de 2000: a oposição venceu em 12 das 26 capitais.

A oposição A Fernando Henrique Cardoso

Apesar de ter conseguido reeleger-se no primeiro turno, o governo FHC enfrentou forte oposição ao longo de seu mandato. Entre os oposicionistas estavam vários governadores que pleiteavam a renegociação da dívida de seus estados com o governo federal, em condições favoráveis. Um dos que assumiu posições mais radicais contra o governo FHC foi o então governador de Minas Gerais, Itamar Franco.

O PT, o PC do B, o PDT e o PSDB também se opuseram ao governo FHC votando contra as mudanças constitucionais que possibilitaram o processo de privatizações conduzido por ele. Nos meios sindicais a oposição ao governo foi liderada pela Central Única dos Trabalhadores  (CUT).

Entre os movimentos sociais de oposição mais combativos estava o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), que tem como objetivo principal a realização imediata de uma reforma agrária.

O MST

Surgido no Rio Grande do Sul nos anos 70, o movimento passou a ter existência oficial em 1984, quando ocorreu em Cascavel, no Paraná, o 1º Encontro Nacional do MST. Suas principal estratégia pode ser resumida no seu slogan: "ocupar, resistir e produzir". Ao longo dos anos 90, o MST realizou inúmeras ocupações de fazendas consideradas improdutivas, ergueu acampamentos provisórios, invadiu a sede de órgãos do governo e realizou várias manifestações públicas, como forma de pressionar o governo a acelerar o programa de assentamentos rurais.

Embora a estratégia do MST de invadir fazendas seja bastante criticada, alguns analistas reconhecem que a pressão do movimento fez o governo FHC aumentar o número de assentamentos rurais em todo o país.

Tigres Asiáticos

A denominação de “Tigres Asiáticos” é dada ao grupo de países, localizados na Ásia que na década de 80 apresentaram um crescimento econômico elevado e repentino baseado em táticas agressivas de atração de capital estrangeiro como a isenção de impostos e mão-de-obra barata.

O grupo formado por Coréia do Sul, Taiwan (Formosa), Cingapura e Hong Kong, surgiu durante a disputa comercial iniciada com o fim do comunismo e a abertura dos mercados de antigos países socialistas.

BOULOS JUNIOR, Alfredo. coleção: História Sociedade & Cidadania. ensino fundamental. Tigres Asiáticos. www.infoescola.com/geografia/tigres-asiaticos/

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