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O governo de João Figueiredo

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O presidente João Figueiredo (1979-85) assumiu a presidência com o compromisso de dar continuidade à abertura política,  defendida por Geisel.

João Batista de Oliveira Figueiredo

No início do governo Figueiredo cresciam no país os protestos contra o regime militar.

Os trabalhadores da indústria, em defesa de seus salários, que diminuíam consumidos por uma inflação galopante (quase 95%, em 1979), entraram em greve em várias partes do país.

A mais importante dessas greves foi a dos metalúrgicos do ABCD paulista região formada pelos centros industriais de  Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema -, que começou em 13 de março de 1979, dois dias antes da posse do presidente Figueiredo. Os metalúrgicos cruzaram os braços, exigindo reajustes de salários. Com a evolução do movimento, eles foram ganhando aliados e se politizando, a ponto de se tornarem um dos grupos com maior destaque na luta pelas liberdades democráticas. A liderança dessa greve coube ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, presidido na época por Luiz Inácio da Silva, o Lula.

O sindicalismo autônomo

O sindicato que dirigiu essa greve tinha uma característica nova: não era subordinado ao Ministério do Trabalho e nem liderado por comunistas ou pelegos. Seus dirigentes tinham sido eleitos pelos próprios operários. Por isso, esse movimento sindical nascido no ABC paulista, no final dos anos 1970, foi visto como um novo sindicalismo.

O então governador de São Paulo, Paulo Salim Maluf, ordenou que a polícia reprimisse o movimento operário. Em 23 de março, tropas da Polícia Militar invadiram o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e destituíram a diretoria eleita. Mas isso, em vez de enfraquecer as oposições ao regime militar, contribuiu para uní-las.

Na comemoração de 1º de Maio, Dia do Trabalho, depois de uma missa no paço municipal de São Bernardo do Campo, cerca de 150 mil pessoas se dirigiram ao Estádio da Vila Euclides e lá realizaram um grande ato pela democratização do país. O ato reuniu operários, artistas, líderes comunitários, religiosos e políticos de várias tendências para protestar contra o autoritarismo. Também esteve presente às  comemorações daquele 1º de Maio o Comitê Brasileiro pela Anistia  (CBA), que liderava a campanha pela "anistia ampla, geral e irrestrita".

A Anistia

Em agosto de 1979, o presidente João Figueiredo promulgou a lei da anistia. Com isso milhares de brasileiros que estavam no exílio puderam regressar ao Brasil, e os cassados readquiriram o seu direito à cidadania. Porém a anistia não foi  "geral e irrestrita": milhares de militares afastados de seus cargos por discordarem do golpe de 1964 não puderam reintegrar-se às Forças Armadas.

Em dezembro de 1979 com o objetivo de dividir e enfraquecer a oposição, o governo acabou com os únicos partidos que existiam (a Arena e o MBD), permitindo a criação de novos partidos políticos. Formaram-se então cinco partidos: Partido Democrático Social (PDS), Partido Democrático Trabalhista (PDT), Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).

Mesmo durante o governo Figueiredo os militares da linha dura continuaram praticando atentados contra entidades que defendiam a abertura política e o respeito aos direitos humanos. Em agosto de 1980, a sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Câmara dos Vereadores e a redação do jornal Tribuna da Luta Operária, todos na cidade do Rio  de Janeiro, sofreram atentados à bomba. Na OAB, uma mulher morreu e um homem ficou gravemente ferido. Mais pessoas ficaram feridas nos outros atentados. Em maio de 1981, duas bombas explodiram antes do início de um show no centro de convenções Riocentro, durante as comemorações do Dia do Trabalho.

BOLOS JUNIOR, Alfredo. coleção: História Sociedade & Cidadania. ensino fundamental. CARDOSO, Oldimar. coleção: Tudo é História. ensino fundamental.

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