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Revolução de 1930 e a queda da República Velha

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Getúlio Vargas para presidente e o político paraibano João Pessoa para vice-presidente. Essa era a  chapa da Aliança Liberal que deveria disputar com a chapa oficial encabeçada por Júlio Prestes. Esta contava com todo o apoio da máquina federal e, portanto, do sistema de fraudes, o que tinha sempre garantido a vitória do candidato oficial. Tentando contrabalançar o poderio da máquina do governo na corrupção eleitoral da República Velha, os políticos da Aliança buscaram apoio em todos os setores da oposição: os tenentes e as massas urbanas. A plataforma da Aliança, ainda que não fosse totalmente diferente das tradicionais oligarquias, introduzia elementos políticos mais progressistas: o voto secreto, o voto feminino, oito horas de jornada de trabalho. Isso deu um colorido todo especial à campanha, e Getúlio era recebido por verdadeiras multidões nos grandes centros urbanos do país.

Toda agitação e a grande campanha que mobilizaram as massas urbanas não foram, no entanto, suficientes para derrotar a máquina da corrupção eleitoral do governo. Em março de 1930, os resultados das eleições deram para Júlio Prestes aproximadamente 1 milhão de votos. Só restava uma saída: o levante armado.

O início da Revolução

Getúlio Vargas, como líder da Aliança Liberal, não tinha uma posição muito clara em favor do levante armado. Apesar de a crise do capitalismo não ter influência imediata sobre os acontecimentos, ela já começava a se fazer sentir em nosso país, trazendo preocupação aos grandes cafeicultores e o desespero das massas, com o aumento do custo de vida. Isso tudo parecia levar o país para uma situação de revolta. O impasse das oposições, que não tomavam decisão quanto ao levante armado, foi rompido quando João Pessoa, candidato a vice na chapa de Vargas, foi assassinado.

O levante foi marcado por Getúlio Vargas e outros membros da Aliança Liberal para o dia 3 de outubro de 1930. O comando militar do levante foi oferecido a Luís Carlos Prestes, que se  encontrava no exílio, mas o líder havia aderido ao marxismo e considerou o movimento uma revolta de elites. A partir daí, a condução do levante coube ao coronel Góis Monteiro, que, apesar de ter combatido os tenentes, contava com a confiança de Getúlio Vargas.

Num movimento bem coordenado, as regiões do Brasil foram, uma a uma, caindo nas mãos dos rebeldes. O Rio Grande do Sul, já no dia 5 de outubro, estava totalmente nas mãos de Getúlio e seus seguidores. Depois, o movimento se estendeu por Santa Catarina e Paraná, vindo em direção a São Paulo. No Nordeste, a tomada de Recife, por Juarez Távora, foi facilitada pela ajuda popular na luta contra as forças do governo federal. Depois da tomada do recife, toda a região Norte e a Nordeste estavam controladas pelos tenentes. Em Belo Horizonte, houve forte resistência das forças  fiéis a Washington Luís, mas, depois de cinco dias de combates, os rebeldes dominaram a situação.

A resistência maior parecia que ia ocorrer em São Paulo. As forças revolucionárias vindas do Paraná se preparavam para travar violenta batalha na região de Itararé, entre São Paulo e o Paraná. Já haviam começado pequenos tiroteios, quando chegou, no dia 24 de outubro, a notícia de que o alto comando das Forças Armadas havia deposto o velho presidente Washington Luís. Não houve a batalha esperada. Na capital paulista, a notícia da deposição do presidente acirrou os ânimos, e populares invadiram e depredaram várias entidades e organismos ligados ao Partido Republicano Paulista, como foi o caso do Clube Republicano Paulista. Era uma manifestação de repúdio ao velho domínio da oligarquia cafeeira.

À medida que as forças revolucionárias, sob o comando de Getúlio Vargas, Góis Monteiro e Miguel Costa, iam se aproximando, eram recebidas triunfalmente nas grandes cidades, como foi o caso de São Paulo. No dia 24 de outubro, Washington Luís, sem esperança de resistir à revolução, abandonou o palácio da Guanabara.

Primeiros passos para a nova ordem

Quando os chefes militares depuseram Washington Luís, fizeram-no porque, apesar da resistência do presidente, era claro o absoluto sucesso das forças revolucionárias. Os altos oficiais não fizeram nada mais do que atender à vontade esmagadora do país.

Os militares formaram uma Junta Pacificadora e resolveram entregar a Getúlio Vargas o comando do país. Estava acabada a República Velha e nascendo uma nova República, sob o comando de Getúlio Vargas, que ficaria na cena política até 1954.

PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio volume único.

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