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As origens do Primeiro de Maio

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(texto: Prof. Ricardo Barros Sayeg)

Primeiro de maio é o Dia do Trabalho. No Brasil, assim como em alguns países do mundo, é feriado nacional. Um dia dedicado a festas, passeatas e reivindicações dos trabalhadores. Mas como ele teria surgido?

Em 1886, na cidade de Chicago,  Estados Unidos, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho. Dentre as principais reivindicações estavam a redução da jornada de trabalho de 13 para oito horas, melhores salários, descanso semanal remunerado e um período anual de férias. Nesse mesmo dia, ocorreu naquele país uma greve geral de trabalhadores. Os conflitos com a polícia se tornaram constantes a partir de então. Oito trabalhadores morreram nessas verdadeiras lutas de rua. Muitos foram presos e alguns foram enforcados em praça pública depois de julgamentos injustos, nos quais foram acusados de liderar as manifestações que tiveram início no dia 1° de maio.

No dia 4 de maio de 1886, novas manifestações tomaram conta das ruas de Chicago. Dessa vez, morreram doze protestantes e dezenas de pessoas ficaram feridas.
A escolha da data de 1° de maio foi feita pela Segunda Internacional Socialista, reunida em Paris, em 1889. Naquela ocasião, escolheu-se essa data para homenagear os trabalhadores mortos pela repressão policial nos Estados Unidos.

Apesar disso, os Estados Unidos comemoram o Dia do Trabalho na primeira segunda-feira de setembro. Além deste, outros poucos países têm suas datas próprias. Na Austrália comemora-se a data em duas ocasiões: na parte ocidental em 4 de março e na parte meridional em 7 de outubro.

Aqui no Brasil, o primeiro de maio é comemorado desde o ano de 1925, por decreto sancionado pelo então presidente Arthur Bernardes. De lá para cá, a data foi comemorada de diversas formas: em 1940, o presidente Getúlio Vargas utilizou o primeiro de maio para anunciar o novo salário mínimo. Em 1941, a data foi usada para marcar a criação da Justiça do Trabalho, que visava resolver os conflitos existentes entre os trabalhadores e seus patrões. Mas na Bahia, por 55 anos não se comemorou esta data em virtude da natureza contraditória da ocasião: o dia dedicado ao trabalho, é feriado. Só em 1980, Antônio Carlos Magalhães promulgou a data como o dia do descanso em todo o estado da Bahia

Hoje, perdeu-se um pouco do caráter reivindicativo do dia e o primeiro de maio é utilizado mais para as festas realizadas pelas organizações trabalhistas, ocasião em que são sorteados prêmios para os trabalhadores pelas principais centrais sindicais do país. Triste fim para uma data que teve origens tão nobres!

*Ricardo Barros Sayeg:  Professor de História do Colégio Paulista, Mestre em Educação pela Universidade de São Paulo, formado em História e Pedagogia pela mesma universidade.

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