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Os maiores Tsunamis da história by SOS VIP

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Todos devem saber o que são os feeds, e para os que não sabem, os feeds são as atualizações dos blogs e sites de sua preferência, que podem ser lidos em algum agregador de notícias ou ainda podem ser recebidos direto em sua caixa de correio eletrônico (e-mail).
No meu caso prefiro receber por e-mail, acho mais cômodo e leio os artigos dos blogs e sites que gosto e admiro em minha caixa de mensagens.
Hoje, quando fui ler as atualizações dos meus blogs preferidos, encontrei um artigo sobre a história dos tsunamis que gostei e achei por bem citar no HISTOBLOG, trata-se  do artigo de título: O que é Tsunami? Os maiores Tsunamis da história, do blog SOS VIP, do  meu amigo e  parceiro  Marcelo Souza.
Clique no link  abaixo e leia o artigo, é bem bacana, esclarecedor e com uma animação que é o máximo.

Clique e confiraO que é Tsunami? Os maiores Tsunamis da história. 

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O sucesso do Nazismo (1933-1945)

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A Arma da Propaganda

Um dos aspectos determinantes para o sucesso do nazismo, foi a lavagem cerebral que a população alemã sofreu com a propaganda política. Além de deformar os fatos e as ações do governo e dos “inimigos dos arianos” – como os judeus eram considerados – e controlar todos os veículos de comunicação, a propaganda conseguia atrair muitas pessoas para a causa nazista. Na qualidade de ministro da Informação Popular e Propaganda, Joseph Goebbels (1897-1945), a quem é atribuída a frase “uma mentira contada muitas vezes torna-se verdade”, foi o grande articulador da propagação do pensamento político de Hitler.

Em qualquer regime, a propaganda é estratégica para o exercício do poder. Seu papel, entretanto, ganha grande destaque nos regimes em que o Estado, por monopolizar a mídia, exerce severo controle sobre ela, procurando bloquear toda atividade espontânea. A ilusão de unidade e harmonia social, tão atraente para a maioria dos indivíduos, tende a ser reforçada pela atuação dos meios de propaganda, que procuram criar artificialmente essa impressão. Os mitos produzidos pelos regimes reavivam o desejo de felicidade e comunhão, porque prometem um mundo ideal. A propaganda procura atuar em relação a sentimentos, instintos e imaginação. Ou seja, a força que ela impulsiona e procura controlar é emocional. O objetivo é exaltar sensibilidade e provocar paixões. No livro Minha luta, Hitler definiu o papel da propaganda política nos seguintes termos:

“Toda propaganda deve estabelecer seu nível intelectual segundo a capacidade de compreensão dos  mais obtusos dentre aqueles aos quais se dirige. Seu nível intelectual será, por isso, tanto mais baixo quanto maior a massa de homens que se procura convencer. O povo na sua grande maioria é de índole feminina tão acentuada que se deixa guiar, no seu modo de pensar e agir, menos pela reflexão do que pelo sentimento”.

(Adaptado de D’ALESSIO, Marcia Mansor e CAPELATO, Maria Helena. Nazismo: política, cultura e holocausto. São Paulo: Atual, 2004. p. 40. Coleção Discutindo a História)

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Leia Também: O Expansionismo Alemão

Nicolau Maquiavel

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Niccolo Machiavelli, nasceu em Florença no ano de 1469. Filho de Bernardo Machiavelli, jurisconsultor e tesoureiro da Marca de Ancona e de dona Bartolomea Nelli, mulher de família tradicional.

Nicolau Maquiavel Maquiavel

Em 1494 Maquiavel ocupou o cargo de copista de Marcelo Virgílio Adriani, professor de literatura grega e secretário da República de Florença.

Aos 29 anos, foi nomeado chanceler, na segunda chancelaria e logo após assume o cargo de secretário dos Dez Magistrados da Liberdade e da Paz do governo da República, onde permanece por 14 anos.

Maquiavel nunca se revelou um grande diplomata, mas um simples funcionário  de categoria. Seu trabalho se resumia em executar as ordens do Governo dos Dez.

Dos feitos de Maquiavel o mais importante foi a legação junto a César Borgia.

Com a reintegração dos Médicis no governo de Florença em 1502, Maquiavel foi privado de seu cargo de secretário de senhoria em 8 de novembro de 1502. Em 1505 concebia o projeto de milícia nacional para substituir as tropas, que foi aprovado pelo governo.

Em 1513 Maquiavel foi preso e torturado por suspeita de conspiração para eleiminar o cardeal Giovanni de Médici.

Maquiavel recebe anistia, quando assumi o papa Leão X, porém permanece no exílio  por mais um ano nos arredores de Florença. Foi nesse período que Maquiavel começou suas atividades literárias, escrevendo:

  • O Príncipe
  • Os discursos sobre a primeira década de Tito Lívio
  • Os sete livros sobre a arte da guerra
  • As comédias
  • A vida de Castruccio Castracani

Voltando às graças dos Médicis conseguiu do Cardeal Giulio de Médici, o encargo de escrever a história de Florença (Storie Fiorentine). Depois foi encarregado de inspecionar as fortificações de Florença e negociar com o governador de Romanha, Francesco Guicciardini. Seu último cargo foi uma missão junto ao exército da Liga contra Carlos V.

Em 1527, Maquiavel volta de uma viagem a Civita Vecchia, adoece e morre em 22 de junho do mesmo ano, sendo sepultado na Igreja de Santa Cruz.

fonte: Coleção Mestres Pensadores. Maquiavel.ed. Escala.

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Leia Também: Karl Marx

Unificação Italiana

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A Itália, imbuída de forte sentimento nacionalista, despertado principalmente pelas divisões impostas pelo Congresso de Viena, aceleraria sua política de unificação. No início do século XIX, destacaram-se nesse processo os carbonários – cujo nome está associado às cabanas dos carvoeiros, onde se encontravam  secretamente –, precurssores dos movimentos pela unificação. Reunindo monarquistas e republicanos, sem uma linha de ação definida, os carbonários atuavam em toda Itália.

Nas lutas de 1848 destacaram-se os republicanos, liderados por Giuseppe Mazzine e Giuseppe Garibaldi, os monarquistas, liderados pelo conde  Camilo Cavour. Estes últimos tomaram a frente das lutas pela unificação a partir do reino do Piemonte-Sardenha, Estado independente, industrializado e progressista, governado por Vítor Emanuel II.

Giuseppe GaribaldiGiuseppe Garibaldi 

 

No rastro da primavera dos povos, houve rebeliões liberais impondo reformas em quase todos os reinos italianos. No mesmo período aconteciam as lutas de independência da Veneza-Lombarda, que estava sob domínio austríaco.

O movimento pela unificação italiana, enfraquecido pelas diversas derrotas para os austríacos, não ofereceu resistência para a reinstalação do absolutismo, só voltando a ganhar força, novamente, na década de 1860.

Nesse mesmo ano, os “camisas vermelhas” de Garibaldi, forças populares republicanas que já haviam conquistado Parma, Módena, Toscana e parte dos Estados Pontifícios, libertaram a Sicília e o sul da Itália, governados pelo monarca absolutista da família Bourbon, Francisco II. Entretanto, eram os monarquistas liberais e burgueses, instigados pelo jornal Risorgimento, que lideravam os movimentos de libertação do restante da Itália, especialmente da República de Veneza e da parte não conquistada dos Estados Pontifícios. Assim, mesmo contrário a uma unidade monarquista, Garibaldi abandonou a política para não dividir as forças italianas de unificação, favorecendo Vítor Emanuel II  e seus ministros.

Contando com a promessa do monarca de que não invadiria Roma, as tropas francesas deixaram a capital católica, em 1870, para enfrentar os alemães de Bismarck na Guerra Franco-Prussiana, em que foram derrotadas. As forças de unificação aproveitaram a conjuntura e invadiram Roma, transfomando-a na capital italiana. Em janeiro de 1871,  Vitor Emanuel II transferia-se para Roma, completando o processo unificador e, pouco depois, um plebiscito consagraria a anexação.

O papa, considerando-se um prisioneiro no Vaticano, recusava-se a reconhecer o novo Estado italiano unificado, originando a Questão Romana, que duraria até 1929, quando Mussolini assinou com o papa Pio XI o Tratado de Latrão, que criava dentro da cidade de Roma o território independente do Estado do Vaticano, pertencente à Igreja. Hoje  corresponde ao menor Estado independente do mundo.

 

Vaticano, o menor Estado Independente do mundo Vaticano centro de Roma, Itália

Mesmo com a unificação italiana, várias questões restavam pendentes, como a das províncias setentrionais do Tirol, Trentino e Ístria, de população predominantemente italiana e em mãos dos austríacos. Reivindicadas pela Itália, essas regiões, que formavam as províncias irredentas, foram uma das razões que levaram a Itália a entrar na Primeira Guerra Mundial contra a Áustria.

Cláudio Vicentino. Gianpaolo Dorigo. História para o ensino médio. História Geral e do Brasil.

 

Irredentismo: O termo indica a aspiração de um povo a completar a própria unidade territorial nacional anexando terras sujeitas ao domínio estrangeiro “terras irredentas”.

fonte: Wikipédia

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Leia Também: O Segundo Império da França (1852-1870)

O Poder das Múmias

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O processo de mumificação desenvolvido pelos egípcios incluía a desidratação do cadáver e a aplicação de betume, substância destinada a conservar o corpo.

Durante a Antiguidade, esse produto também era empregado em outras regiões no tratamento de cortes e fraturas.

Múmias no Museu Britânico

Aliando esse possível poder de cura do betume com os mistérios e magias que envolviam as múmias, a partir da Idade Média médicos europeus passaram a prescrever o uso de carne mumificada no tratamento de várias doenças. Como consequência, inúmeras tumbas egípcias foram saqueadas e traficantes passaram a exportar pedaços de múmias secas ou em pó para o Ocidente. Francisco I (1494-1547), rei da França, por exemplo, tinha sempre consigo um suprimento de carne mimificada para o caso de se ferir nas caçadas.

(Adaptado de: Paul Johnson. História ilustrada do Egito antigo. Rio de janeiro: Ediouro, 2002. p. 224-7; 360-1.)

fonte: Gislane e Reinaldo. História. ensino médio. volume único

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Leia Também: Faraó Tutankamon morreu de malária e infecção óssea, diz estudo. (Artigo revista Veja)

A revalorização da Cultura Egípcia

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Por ter sido dominada por diferentes povos, a cultura egípcia  foi relegada em benefício da história de outras civilizações, como a grega e a romana. Tal descaso chegou ao ponto de a leitura e aprendizagem da milenar escrita hieroglífica ter-se perdido por muito tempo.

A revalorização da cultura egípcia só foi retomada após março de 1798, quando o imperador Napoleão Bonaparte desembarcou na região com 40 mil soldados, além de 175 artistas, sábios e cientistas.

Os franceses permanecem no Egito por mais de um ano, mapeando e desenterrando monumentos. Um dos objetos encontrados nas escavações foi a Pedra de Roseta, placa de granito de 762 quilos contendo um texto gravado em três tipos de escrita: uma em hieróglifos, outra na escrita demótica e a terceira em grego. A partir dessa descoberta, teve início  um trabalho de decifração e recuperação da escrita hieroglífica, concluído somente vinte anos mais tarde pelo arqueólogo francês Jean François Champallion.

Com a decodificação da antiga escrita, a cultura egípcia teve uma grande valorização intelectual  e comercial. Muito de seu patrimônio artístico foi levado de forma predatória para museus e coleções particulares da Europa e Estados Unidos.

Nos últimos anos, o governo egípcio passou a exigir a devolução desses objetos. Como resposta a essa demanda, em dezembro de 2002 diretores de 18 grandes museus europeus e norte-americanos divulgaram declaração conjunta defendendo seu direito de manter as peças em seus acervos.

(Fontes: Charles Berlitz. As línguas do mundo. Rio de janeiro: Nova Fronteira, 1988. p.128-9; John Man. A história do alfabeto. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002. p. 50)

fonte: Gislane e Reinaldo. História. ensino médio volume único

Escrita demótica: O alfabeto demótico foi um um tipo de escrita popular, para assuntos cotidianos. O termo "demótico" provém do grego "demotika", que significa "popular" ou relativo aos assuntos diários.

fonte:Wikipédia

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Resumão: Ascensão da Europa Ocidental (1015-1212)

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1015

A Sardenha é libertada do controle islâmico pelas frotas de Pisa e Gênova

1066

Em Stanford Bridge, Haroldo Godwinson derrota o exército viking.
Guilherme da Normandia, o Conquistador, torna-se rei da Inglaterra.
Forma-se o Estado feudal da Normandia.
Os normandos conquistam a Inglaterra na batalha de Hastings.

1086

O juramento de Salisbury leva ao reconhecimento de Guilherme como “senhor soberano de todos os ingleses”.
Realiza-se um cadastro da população do reino inglês com fins fiscais.

1108

Consolidação da autoridade de Luís VI sobre a Ile-de-France.

1113

Cristãos, sob a liderança de Pisa, tomam as ilhas Baleares.

1152

Frederico I, o Barba-Roxa, torna-se imperador do Sacro Império Romano.
Eleanor da Aquitânia casa-se com Henrique de Anjou.

1154

Henrique de Anjou torna-se rei da Inglaterra como Henrique II

1170

Thomas Becket é assassinado, implicando Henrique II em grande escândalo.

1176

A Liga Lombarda vence Frederico I, o Barba-Roxa, em Legnano.

1180

Filipe II Augusto é rei da França.

1212

Vitória cristã em Las Navas de Tolosa, importante batalha da Guerra da Reconquista

 

fonte: Barros, Fischer & Associados. Steven M. Berner. julho 2007

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Consolidação da Monarquia com a Dinastia Tudor (1485-1603)

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Henrique VII (1485-1509)

Ao término da Guerra das Duas Rosas (1375-1485), assume o trono inglês Henrique VII, fundando a dinastia Tudor, que governa a Inglaterra até 1603. Estabeleceu a paz com a Irlanda (1494), cimentou a paz com a Escócia (1499), casando sua filha Margarida com o rei Jaime IV da Escócia – casamento este que mais tarde levaria os Stuart ao trono inglês. Estadista, condiziu uma política externa equilibrada, e internamente reorganizou as finanças  do país, abaladas após tantos anos de guerra civil. Sucedeu-o seu filho, Henrique VIII.

Reinado de Henrique VIII (1509-1547)

Foi durante seu reinado que ocorreu a Reforma na Inglaterra, tendo o rei rompido com o papa a propósito da questão da anulação de seu casamento com Catarina de Aragão. Deste conflito resultou a fundação da Igreja Anglicana e, ao mesmo tempo, a consolidação do poder real na Inglaterra. Foi considerado um típico príncipe da Renascença. Culto, dominava vários idiomas; foi músico e amante das artes. Incentivou as manufaturas e o comércio. É considerado o criador da Marinha britânica. Sucedeu-o seu filho, Eduardo VI.

Eduardo VI (1547-1553)

Eduardo VI tinha dez anos ao assumir o trono, e o país foi governado por um conselho de regência dominado pelo seu tio materno, Eduardo Seymour, duque de Somerset. Durante o período desta regência, o Absolutismo, que fora estabelecido por Henrique VIII, foi aos poucos sendo diminuído devido ao papel que a alta nobreza passou a desempenhar no governo. Durante seu reinado, o protestantismo progride, institui-se o Book of Common Prayer aproximando o anglicanismo do calvinismo. Seymour é substituído por John Dudley. Este influencia o jovem rei, de saúde débil, a excluir suas meias-irmãs Maria Elizabeth da sucessão do trono. Jane Grey, nora de Dudley, é designada herdeira da Coroa. Com a morte de Eduardo VI segue-se uma luta pela sucessão, na qual Maria sai vitoriosa.

Maria I (1553-1558)

Maria I era filha de Henrique VIII e de sua primeira esposa, Catarina de Aragão. Educada pela mãe, era católica, e foi tratada duramente pelo pai após o divórcio. Ao assumir o trono tratou de restabelecer o catolicismo na Inglaterra, fazendo uma reconciliação com o papa. Casou-se com Filipe II, rei da Espanha, também católico. A partir de então desencadeia uma perseguição a anglicanos e calvinistas, que lhe valeu o apelido de Bloody Mary (Maria Sangrenta).  Antes de morrer, designou como sucessora sua meia-irmã, Elizabeth, com a condição de que mantivesse o catolicismo na Inglaterra.

apostilas  ETAPA

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Leia Também: O Fortalecimento da monarquia inglesa

Bomba Atômica: Hiroshima e Nagasaki

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Vencidas a Itália e a Alemanha, restava subjugar o Japão. Embora a superioridade militar dos Estados Unidos fosse flagrante, pilotos japoneses se lançavam em ataques suicidas contra alvos norte-americanos no Pacífico. Eram os conhecidos camicases.

Apesar da ofensiva norte-americana, o governo japonês recusava-se a se render. Para dissuadi-lo, o governo dos Estados Unidos ordenou o bombardeio das cidades de Hiroshima e Nagasaki, com a mais terrível das armas: a bomba atômica. Foram duas explosões devastadoras nos dias 6 de agosto de 1945 em Hiroshima e dois dias depois em Nagasaki. Mais de 200 mil pessoas morreram instantâneamente. No dia 2 de setembro, representantes do governo japonês assinavam a rendição incondicional.

Segundo historiadores, o recurso a uma arma como a bomba atômica pelo governo dos Estados Unidos não tinha apenas o objetivo de subjugar o Japão. Com ele, os norte-americanos estariam também procurando convencer os soviéticos a não interferir nos assuntos internos dos países capitalistas, a não estimular manifestações revolucionárias nesses países.

Bomba Hiroshima bomba atômica

 

Ai de ti, Hiroshima 

De repente, um deslumbrante luar rosa pálido apareceu no céu, acompanhado de um tremor sobrenatural que foi quase imediatamente seguido de uma onda de calor sufocante e de um vento que varria tudo na sua passagem. Em alguns segundos, milhares de pessoas que estavam nas ruas e nos jardins do centro foram incineradas. Muitas foram mortas imediatamente pelo calor (…). Tudo o que se encontrava de pé na zona de deflagração – muros, casas, fábricas e outros edifícios – foi aniquilado: os seus restos turbilhonaram,projetados para o céu (…).

Os trens foram levantados dos trilhos como se fossem brinquedos. Os cavalos, os cães e o gado sofreram a mesma sorte que os humanos. Tudo o que vivia foi petrificado numa atitude de sofrimento indescritível.

A própria vegetação não foi poupada. As árvores desapareceram nas chamas (…), a erva ardeu no solo como palha seca. (…) Para além da zona da morte total (…), as casas desmoronaram num turbilhão de vigas, de tijolos, de barrotes. Até 5 quilômetros do centro da explosão, as casas construídas de materiais leves foram achatadas como castelos de cartas. Os que estavam no interior foram mortos ou feridos. Os que conseguiram se safar por milagre encontraram-se cercados por uma cortina de chamas. As raras pessoas que conseguiram se abrigar morreram geralmente 20 ou 30 dias depois, sob a ação retardada dos mortais raios gama. (…) À noite, o fogo começou a baixar, depois extinguiu-se. Não havia mais nada para queimar. Hiroshima tinha deixado de existir.

(Adaptado de GRIMBERG, Carl;SVANSTROM, Ragnar; DUMONT, Georges-H. Da flência da paz à conquista do espaço. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, s.d. v. e, p. 306.)

Nelson Piletti. Claudino Piletti. História e vida integrada. ensino fundamental

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Veja relato de alguns sobreviventes de Hiroshima:  Obvious

Leitura da semana

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Para aliviar o stress da semana e aprender mais um pouco, os livros da semana são:

capa livro O despertar da Europa O despertar da Europa, de Marco Antônio de Oliveira Pais, Atual, 1992

O aspecto mais significativo é a ampla utilização de documentos na organização e no desenvolvimento dos assuntos do livro, (que faz parte de uma coleção). "Documento" no sentido mais abrangente: desde textos oficiais até os registros, em diferentes linguagens, de experiências humanas no período enfocado( Baixa Idade Média); depoimentos, letras de música, textos literários, descrições de viajantes, artigos de jornal, pinturas, charges, fotos.

A Mediadora, Assombrado, de Meg Cabot, ed. Record, 2006 (juvenil)

Suzannah passou o último verão no Pebble Beach Hotel and Golf,  tomando conta dos filhos dos hóspedes. E foi assim que ela conheceu Paul Slater: Suzannah era a babá do irmãozinho dele, Jack, e Paul acabou se encantando por ela. Mas é claro que quando um garoto bonitão se interessa por ela as coisas não podem simplesmente dar certo.
Assim como Suzannah, os irmãos Slater são mediadores. A única diferença é que o pequeno Jack ainda não sabe lidar com isso, enquanto Paul sabe até demais, pois se revelou um garoto realmente cruel, deixando Suzannah apavorada. Mas todo esse pesadelo acabou junto com as férias de verão. Ou, pelo menos, era o que Suzannah pensava. Ela está de volta às aulas, ansiosa por retomar a rotina, quando ouve uma voz familiar atrás dela. Paul está de volta a Carmel, e dessa vez para ficar. Ele é o novo - e já popular - aluno da Academia da Missão Junipero Serra. Paul faz de tudo para convencer Suzannah a vê-lo, mas Suzannah continua apaixonada pelo fantasma Jesse, e parece estar sendo correspondida. Penúltimo livro da série.

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A Terceira República Francesa (1870-1940)

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A humilhação sofrida pela França, com a derrota diante dos prussianos, aguçou os conflitos entre as classes sociais e os grupos políticos, colocando os populares parisienses contra o governo republicano em Versalhes, sob a presidência de Adolphe Thiers. O auge dos conflitos deu-se com a proclamação de um governo autônomo, em março de 1871: A Comuna de Paris.

Comuna de Paris (1871)

Formada por dezenas de membros de várias tendências políticas radicais, a Comuna era a administração municipal eleita pelo povo. Desarmou a Guarda Nacional, estabeleceu o serviço militar obrigatório, declarou nulos os decretos de Versalhes e proclamou a autonomia municipal extensiva a todas as cidades da França. A Comuna, que durou apenas 72 dias, desenvolveu uma política de forte inspiração socialista, proclamando a absoluta igualdade civil de homens  e mulheres, suprimindo o trabalho noturno e criando pensões para viúvas e órfãos. Caracterizou-se como a primeira experiência histórica de autogestão democrática e popular. Karl Marx chamou os revolucionários da Comuna de Paris de “assaltantes do céu”, pela grande energia e pouca objetividade de seu movimento.

Thiers reuniu tropas, pediu a Bismark que libertasse os prisioneiros de guerra e, com a ajuda dos prussianos, cercou Paris, bombardeando-a intensamente. Ao invadir a cidade, os soldados de Versalhes encontraram uma desesperada resistência popular. Mais de 20 mil pessoas foram mortas nos combates ou executadas posteriormente, além de 70 mil terem sido exiladas e deportadas para a Guiana Francesa.

A Terceira República sobreviveria até  1940, quando a França foi invadida  por Hitler, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Convivendo com uma contínua efervescência social e disputas imperialistas coloniais, consolidou-se internamente baseada no nacionalismo. Teve ainda duas crises no século XIX: o caso Boulanger e o caso Dreyfus.

Entre 1887 e 1889, a ascensão de um general de exército, Georges Boulanger, com ambições semelhantes às de Napoleão , movimentou os militares pela volta do império. Acusado de conspiração, Boulanger fugiu e suicidou-se, colocando fim ao prestígio  dos soldados bonapartistas.

Em 1894, Alfred Dreyfus, de origem judaica e capitão do exército francês, foi acusado pelos monarquistas de ter vendido segredos militares aos alemães. Incriminado por um conjunto de documentos falsos, foi condenado à prisão perpétua na Ilha do Diabo, na Guiana Francesa, e seu caso repercutiu em todo o mundo.

Caracterizando-se como uma campanha nacionalista e de revanchismo francês contra a Alemanha, o fato acabou por desembocar no anti-semitismo, na condenação dos judeus como não-francês. Essa farsa, entretanto, foi sendo pouco a pouco esclarecida, devido à atuação dos escritores Anatole France e, principalmente,  Èmile Zola. Esse incidente, que envolveu toda a sociedade francesa, enfraqueceu os monarquistas e abalou o anti-semitismo nacional.

Republique Française - La commune de Paris 42

 

Embora obtivesse a liberdade por ordem do executivo, Dreyfus foi novamente condenado por um tribunal militar em novo julgamento (1899), sendo completamente reabilitado apenas em 1906, quando foi reintegrado ao exército e recebeu a insígnia da Legião de Honra. O exército, contudo, manteve a acusação de traidor a Dreyfus. Somente em 1995, um século depois, o diretor do serviço histórico do exército, Jean-Louis Mourrut, confessou publicamente a culpa de sua instituição, reconhecendo que o documento de acusação fora uma fraude.

Na presidência de Jules Grévy (1879-1887), predominaram as conquistas civis: estabeleceu-se a liberdade de imprensa e de associação (1881), a estabilização do ensino gratuito, laico e obrigatório (1882), o casamento civil e os sindicatos operários e patronais (1884). No final do século, a direita francesa se concentrava  na Action Française, e a esquerda ganhava terreno com os republicanos radicais, liderados por Aristides Briand. Às vésperas de 1914, diante do perigo alemão, a união nacional se impôs novamente como uma necessidade: eclodia a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

Cláudio Vicentino. Gianpaolo Dorigo. História para o ensino médio, História Geral e do Brasil.

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Vietnã, repercussão Mundial

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Cabelos longos e vontade de mudar o mundo

A Guerra do Vietnã repercutiu no mundo inteiro. Mas foi nos Estados Unidos que ela provocou as maiores ondas de protesto. Em novembro de 1969, 250 mil pessoas realizaram uma impressionante marcha pelas ruas de Washington. A opinião pública exigia maciçamente o fim do conflito. Somente em 1970, estudantes de mais de quatrocentas faculdades fizeram demonstrações contra a guerra em várias cidades norte-americanas.

O movimento pacifista hippie, originário  de São Francisco, Califórnia, teve um papel muito importante nessas manifestações. Seu lema: “Faça amor, não faça guerra!”. Usando roupas coloridas e floridas, os cabelos compridos e o símbolo da paz (um círculo com um Y de cabeça para baixo), o movimento hippie ganhou fama rapidamente. Muitos soldados norte-americanos no Vietnã carregavam o símbolo no peito.

símbolo da paz Símbolo da Paz

Grupos de cantores de rock levantaram a bandeira da paz e do amor e assumiram publicamente sua aversão à guerra. Entre eles, The Doors, The Mamas and Papas, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Beatles, Rolling Stones, etc.

 

Jimi Hendrix Jimi Hendrix

 

Beatles Beatles

The Doors The Doors

Em 1969, 400 mil jovens se reuniram numa fazenda de Bethel, Nova York, para viver momentos de paz e total liberdade no festival de Woodstock. Todos pediam: “Basta de Guerra!”.

(Baseado em Hills, Ken. A Guerra do Vietnã. São Paulo: Ática, 1999. Coleção Guerras que Mudaram o Mundo.)

Nelson Piletti. Claudino Piletti. História e vida integrada. ensino fundamental.

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A Guerra do Vietnã

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No começo  do século XX, a Indochina (região do Sudeste da Ásia), onde hoje estão o Vietnã, o Laos e o Camboja) era colônia da França. Ocupada pelos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial, após o conflito a região voltou ao domínio francês. No norte do Vietnã, porém, um movimento de libertação, sob o comando do comunista  Ho Chi Minh (1890-1969) expulsou os colonialistas franceses em 1954.

Derrotados, os franceses aceitaram negociar a paz na Conferência de Genebra, na qual reconheceram a independência do Laos e do Camboja. Quanto ao Vietnã, a solução encontrada daria origem a uma nova guerra. Seu território foi dividido em dois países independentes: o Vietnã do Norte, socialista, e o Vietnã do Sul, capitalista.

 

Kim Phuc, menina de 9 anos, nua, sob o bombardeio de Napalm, 1972 , Vietnã         Kim Phuc, menina de 9 anos, em bombardeio no Napalm, 1972, foto de Nick Ut

A Conferência de Genebra previa eleições gerais para que a população dos dois Vietnãs decidisse se o país deveria ser reunificado ou não. Em outubro de 1955, porém, o governo do Vietnã do Sul, apoiado pelo governo dos Estados Unidos, cancelou as eleições. Ambos temiam que o comunista Ho Chi Minh se sagrasse vencedor.

Indignados com o cancelamento das eleições, muitos opositores ao governo do Vietnã do Sul começaram a organizar grupos guerrilheiros. Os combates entre o exército sul-vietnamita e esses grupos tiveram início em 1957. Eram ainda confrontos esporádicos. Em 1959, os grupos guerrilheiros já eram fortes o bastante para ampliar o conflito. Era o começo da Guerra do Vietnã (1959-1975).

Organizados na Frente de Libertação Nacional, os guerrilheiros, conhecidos como vietcongues, passaram a contar com o apoio do governo do Vietnã do Norte. Em contrapartida, o governo dos Estados Unidos prestava assistência em homens e armas ao Vietnã do Sul. Em 1962, havia 10 mil militares norte-americanos envolvidos na Guerra do Vietnã. Em 1965, esse número chegava a 500 mil soldados norte-americanos combatendo no Vietnã.

As imagens da guerra transmitidas pela televisão, mostrando a morte de soldados norte-americanos, exerceram forte influência na opinião pública dos Estados Unidos. A maioria  da população passou a pedir o fim da guerra. Ao mesmo tempo, milhares de jovens norte-americanos deixavam o país para escapar do serviço militar.

Os Estados Unidos despejaram no Vietnã mais bombas do que foram lançadas na Segunda Guerra Mundial. Mesmo assim, os vietcongues conseguiram resistir e vencer o conflito. Em 1975, com a invasão da capital do Vietnã do Sul, Saigon (atual Ho Chi Minh), pelos vietnamitas do norte e pelos vietcongues, os últimos norte-americanos deixaram o país.

Cerca de 58 mil norte-americanos morreram no Vietnã. Muitos outros ficaram feridos ou mutilados. Quanto ao Vietnã, as perdas foram imensas: cerca de 3 milhões de baixas, entre soldados e pessoas da população civil.

Nelson Piletti.Claudino Piletti. História e vida integrada. ensino fundamental.

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Leia Também:Vietnã

Século XIX: A era do comércio ilegal de escravos

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Apesar da crescente pressão pelo fim do tráfico, o comércio negreiro resistiu até a segunda metade do século XIX, com algumas importantes  novidades. Na esfera da demanda americana, o abolicionismo fez seu estrago. A estratégia dos ativistas humanitários era comprometer a opinião pública ocidental, primeiramente com o fim do tráfico e, depois, com o do próprio cativeiro.

Seus efeitos foram mais sentidos nas colônias dos países da Europa do Norte, que acabaram com suas respectivas redes de tráfico na primeira década do século. Os africanos também pararam de chegar à Europa.

A rigor, sobreviveram, sobretudo, as indústrias açucareiras de Cuba e do Brasil, onde a cultura do café também se expandia.

Na esfera da oferta africana, a região congo-angolana voltou à liderança das exportações africanas, sobretudo através das baías de Benin e de Biafra.

Duas outras novidades foram o aumento da participação dos escravos originários da África Oriental (de Moçambique, principalmente), além do incremento do comércio negreiro no próprio litoral africano, em especial do norte para o sul do Equador. A mortalidade durante a travessia oceânica baixou muito pouco em relação ao século anterior, e foi maior durante os períodos de tráfico clandestino, quando se  deterioravam ainda mais as condições a bordo dos navios negreiros.

 

 

fluxo escravo século XIX

fonte: revista História Viva. ano VI. n.66.  por Manolo Florentino.

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O Reino do Kongo

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Na região do terceiro grande rio do continente, o rio Congo (ou Zaire), também se desenvolveram diversas sociedades com Estados centralizados. A ocupação dessa região por povos que trabalhavam o ferro e praticavam a agricultura e a pesca é muito antiga, datando do início da era cristã ou mesmo antes. Esses povos faziam parte de um grande grupo linguístico, os Bantu, e saíram há mais de 2,5 mil anos da região entre os atuais Camarões e Nigéria em direção ao sul, ocupando hoje toda a porção central e sul do continente africano.

A história dessa ocupação é baseada na guerra, mas também na expansão da tecnologia, principalmente a do uso do ferro: os povos submetidos aprendiam a fazer instrumentos de ferro para serem usados na agricultura, na caça, na pesca e na guerra. Em troca, tinham que pagar impostos.

Foi provavelmente assim que começou a história do Reino do Kongo, quando no fim do século  XIV, um grupo de estrangeiros dominou os povos que viviam ao sul da foz do rio Congo, estabelecendo ali um reinado, cuja capital se chamava Mbanza Kongo. Os impostos pagos ao rei pelos agricultores das aldeias e o comércio geraram uma riqueza que sustenta o luxo da corte real e que tornou a vida econômica da região muito dinâmica: comerciava-se sal, tecidos, metais, azeite de dendê, animais. Pequenas conchas, do tipo búzio, serviam de moeda. Os povos do Reino do Kongo as importavam da ilha de Luanda, mais ao sul, que hoje é a capital de Angola.

Nas aldeias, porém, o poder era exercido pelo chefe das famílias mais importantes. Acreditava-se que o chefe podia se comunicar com os ancestrais da família. Daí vinha seu poder, já que os ancestrais eram considerados responsáveis pela prosperidade da aldeia. A fertilidade da terra, dos animais e até das mulheres dependia das bênçãos dos ancestrais. Mas, para isso, os homens deveriam apresentar oferendas a eles. A relação com o mundo dos antepassados era fundamental para garantir a própria existência do povo do Reino do Kongo, os Bakongo.

Alguns símbolos dos Bakongo estavam relacionados aos ancestrais, como a cor branca e o próprio oceano, visto como a morada dos mortos. Além disso, a cruz era para eles um símbolo de passagem, uma espécie de encruzilhada entre o mundo dos vivos e o dos mortos. Imagine  então o que pensaram  os Bakongo quando, em 1483, viram chegando pelo oceano, em embarcações que para eles eram estranhíssimas, homens brancos, e além de tudo segurando uma cruz.

Eram os navegadores portugueses, liderados por Diogo Cão. Eles chegavam à foz do rio Zaire, explorando a costa africana em busca de riquezas e com o objetivo de expandir o domínio de Portugal e da fé cristã pelo mundo. Mas,  para os Bakongo, os portugueses não poderiam ser nada além de ancestrais que saíram do fundo do mar para ensinar-lhes novos costumes e trazer novos tipos de mercadorias, instrumentos e armas.

Provavelmente por causa desse engano o rei do Kongo e a nobreza logo se converteram ao catolicismo, trataram de aprender a falar, ler e escrever em português e até mandaram embaixadores carregados de presentes aos navios que voltariam a Portugal destinados ao rei daquele país. Quando voltaram ao Kongo, os portugueses  continuaram encontrando boa vontade por parte dos Bakongo e puderam construir igrejas na Capital Mbanza Kongo, além de negociar nos mercados. Mas logo começaram a fazer aquilo que se tornaria o mais lucrativo de todos os comércio, o tráfico de escravos. Em meados do século XVI, o rei do Kongo, batizado de Afonso I, escreveu uma carta ao rei de Portugal reclamando dos abusos que estavam sendo cometidos pelos traficantes de escravos, que capturaram até mesmo membros da família real.

A partir daí os Bakongo começaram a se dar conta de que aqueles homens não eram seus antepassados que haviam voltado. Quando perceberam que o interesse dos portugueses era o lucro com o comércio de escravos, já era tarde: o poder do rei já havia se desorganizado e ele perdera parte do controle sobre a arrecadação de impostos. Muitos chefes já haviam se rebelado contra seu domínio, fazendo alianças diretamente com os portugueses. Intensas lutas pelo poder tiveram início, e a estabilidade do reino começou a ruir.

O reino foi invadido por povos inimigos em 1568 e não conseguiu se reerguer até 1641, quando subiu ao trono um monarca que passou a combater os portugueses. Em 1665, porém, os Bakongo foram derrotados pelos portugueses (apoiados pelos guerreiros do povo Imbangala) na batalha de Ambuíla. Depois disso, o Reino do Kongo entraria em decadência política e econômica.

Apesar de até hoje haver um rei do Kongo, que representa uma chefia local dentro do Estado angolano (assim como muitas outras chefias tradicionais que continuam a existir dentro dos modernos Estados africanos), ele nunca mais teve a autonomia que  possuía antes da chegada dos portugueses. Os Bakongo, porém, nunca deixaram de se ver como um povo com história, tradições e cultura próprias, alimentadas pelos valores e visão de mundo peculiares a esse povo, que se evidencia na rica tradição nas artes plásticas e nas narrativas orais.

Nelson Piletti. Claudino Piletti. História e vida integrada. ensino fundamental.

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A invenção da Fotografia

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No mesmo ano em que se conquistou a independência do Brasil, o francês Joseph-Nicéphore Niépce inventava a revolucionária técnica da fotografia. Seu trabalho estava  amparado em pesquisas feitas por outros químicos, segundo as quais alguns sais enegreceram em contato com a luz.

Em 1817, Niépce obteve resultados interessantes com cloreto e prata em papel, mas foi em 1822 que ele finalmente reproduziu imagens com algum contraste. A primeira fotografia seria obtida quatro anos depois, quando Niépce conseguiu, da janela de sua casa captar imagens por meio de uma câmara escura e fixa-las em uma placa de sais.

Segundo historiador Cândido Domingues Grangeiro, a partir de meados do século XIX o desejo das pessoas de se verem retratadas popularizou a fotografia, transformando-a em um dos maiores objetos de consumo da época. No Brasil, um de seus maiores entusiastas foi o imperador dom Pedro II.

Dom Pedro II (auto-retrato)D. Pedro II, possível auto-retrato feito no Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, aproximadamente em 1860.

Gislane e Reinaldo. História. volume. volume único. ensino médio.

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Vamos a leitura da semana

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Meus leitores sabem que todas as semanas são sugeridos  dois livros, um deles é com tema para o entendimento de alguns fatos históricos, e o segundo um livro para lazer, sem nenhum comprometimento de aprendizado focado para o tema do blog. Para aqueles que nos visitam pela primeira vez, aí estão as sugestões de hoje.

 

capa livro Cisnes Selvagens Três Filhas da China Cisnes Selvagens: Três Filhas da China, de Jung Chang. Companhia das Letras, 1994

Dos costumes ancestrais às violentas mudanças provocadas pela instauração do comunismo, Chang refaz a história de três gerações de mulheres de uma família que tenta preservar sua humanidade em meio à vertigem e ao horror da trajetória da China no século XX.

mediadora4-completa A Mediadora, A Hora Mais Sombria, de Meg  Cabot, ed. Record. 2005 (juvenil)

Em A Hora Mais Sombria, quarto livro da série A Mediadora, Suzannah sofre com sua paixão por Jesse - o fantasma "muito gato e com abdômen de tanquinho", que "vive" assombrando seu quarto. Desta vez, Suzannah aproveita as férias de verão para incrementar seu guarda-roupa com o dinheiro ganho com um trabalho árduo e muitíssimo trabalhoso. Enquanto passa seus dias como babá, sonhando com aquele novo par de Manolo Blanik ou aquele vestidinho Prada, ainda arruma tempo para orientar um menino de oito anos que se revela um mediador. Para completar, precisa fugir das cantadas do irmão mais velho do moleque, que guarda um estranho segredo.
Mas esse é o menor de seus problemas: acordar no meio da noite com uma faca na garganta, empunhada pela ex-noiva (morta!) de seu namoradinho fantasma, não pode ser um bom sinal. Ainda mais quando a fantasma exige que a construção de uma piscina nos fundos da casa de Suzannah seja interrompida imediatamente. Nossa mediadora preferida começa a pensar o que a fantasma tem tanto medo que encontrem. A possibilidade de ser o corpo de Jesse não está completamente descartada. E se for isto mesmo? E se, ao solucionarem seu assassinato, o rapaz conseguir, enfim, passar para o outro lado? Como ela vai agüentar de saudades?

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O Apogeu do tráfico escravo - Século XVIII

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No auge do escravismo, o controle dos mercados de cativos era disputado por franceses e ingleses.

O tráfico negreiro atinge seu ápice no século XVIII. O sul dos Estados Unidos se especializava na produção do algodão que abastecia a Revolução Industrial nascente. No Brasil, crescia a demanda por escravos para a extração do ouro em Minas Gerais. A indústria açucareira caribenha atingia seu desenvolvimento máximo, com destaque para Saint-Domingue (atual Haiti).Todos esses movimentos funcionavam como uma espécie de engrenagem devoradora de mão-de-obra africana, motivo pelo qual a demanda americana alcançou o seu auge no século XVII, cerca de 1 milhão de africanos escravizados desembarcaram nas Américas; no século XVIII, esse número aumentou para 5,6 milhões.

A competição mais feroz pelo controle das rotas negreiras restringiu-se a portugueses, ingleses, franceses e holandeses. Muitas vezes, todos atuavam na mesma área, o que não os impediu de estabelecerem zonas preferenciais na costa africana.

Por volta de 1760, seis regiões podiam ser identificadas na África Ocidental, de acordo com o comprador europeu predominante. A primeira se estendia do cabo Branco, na atual fronteira entre o Marrocos e a Mauritânia, até Serra Leoa, e era dominada pela França. Os ingleses também atuavam ali e monopolizavam o tráfico entre o rio  Casamansa, (atual Senegal), e Serra Leoa.

A segunda se estendia de Serra Leoa até o cabo Palmas, na atual fronteira entre a Libéria e a Costa do Marfim. Logo vinha a região entre os cabos Palma e Três Pontas (atual Gana), onde o comércio era privilégio dos holandeses.

A leste estava a região que se estendia do cabo Três Pontas ao rio Volta, o mais disputado ponto costeiro de tráfico. Ali, a hegemonia  inglesa era indiscutível, mas sempre houve espaço para outras nações.

Mais ao leste se localizavam as duas últimas áreas. A primeira era a faixa litorânea que se estendia do rio Volta até Badagri, (atual Nigéria), e daí até o cabo de Formosa, zona de grande presença portuguesa.

 

mapa fluxo escravo século XVIII

No conjunto, a África Ocidental voltou a superar a região congo-angolana em número de escravos exportados para as Américas, com participação residual dos africanos provenientes de portos do Índico. A mortalidade média caíra ainda mais em relação ao século anterior, situando-se em torno de 14% por viagem.

O século de apogeu do tráfico  transatlântico, no entanto, seria também o do início do seu fim. As últimas décadas foram marcadas por turbulências que culminaram na eclosão da Revolução Francesa, em 1789, e da Revolução Haitiana de 1791. Os ideais igualitários disseminados a partir da França passavam a questionar a escravidão e encontravam eco  na incômoda pregação dos abolicionistas ingleses e na revolta  dos escravos haitianos. O sistema atlântico começava a fazer água.

fonte: revista História Viva. ano VI. n 66.

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Professor de Espanhol Urgente (São Paulo)

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Colégio da zona leste de São Paulo, próximo ao bairro do Tatuapé precisa de Professor de Espanhol.

Enviar currículo para  vjsdias@yahoo.com.br URGENTE

 

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Origem dos nomes dos meses do ano (julho a dezembro)

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Até Júlio César (100 a.C-46 a.C.) reformar o calendário local, os meses eram lunares (sincronizados com o movimento da lua, como hoje acontece em países muçulmanos), mas as festas em homenagem aos deuses permaneciam designadas pelas estações.

O descompasso, de dez dias por ano fazia com que, em todos os triênios, um décimo terceiro mês, Intercalaris, tivesse que ser enxertado.

Com a ajuda de matemáticos do Egito emprestados por Cleópatra, Júlio César acabou com a bagunça ao estabelecer o seguinte calendário solar: Januarius, Februarius, Martius, Aprillis, Maius, Junius, Quinctilis, Sextilis, September, October, November e December. Quase igual ao nosso, com as diferenças de que Quinctilis e Sextilis deram origem aos meses de julho e agosto.

Julho: Chamava-se  Quinctilis e era simplesmente o nome do quinto mês do antigo calendário romano. Até que, em 44 a.C, o Senado romano mudou o nome para Julius, em homenagem a Júlio César.

Agosto: Antes era Sextilis, “o sexto mês”. De acordo com o historiador Suetônio, o nome Augustus foi adotado em 27 a.C., em homenagem ao primeiro imperador romano. César Augusto (63 a.C.-14 d.C.).

Setembro a Dezembro: para os últimos quatro meses do ano, a explicação é simples: setembro vem de Septem, que em latim significa “sete”. Era, portanto, o sétimo mês do calendário antigo. A mesma lógica se repete até o fim do ano. Outubro veio de October (oitavo mes, de octo), novembro de November (nono mês, de novem, e data do Ludi Plebeil, um festival em homenagem a Júpiter) e dezembro de December (décimo mês, de decem).

Ano Bissexto

Dia extra a cada quatro anos corrige distorção:

Ao adotar o calendário solar, em 44 a.C.,  Júlio César criou o ano de 365 dias e um quarto. Por causa dessa diferença a cada quatro anos era necessário atualizar as horas acumuladas com um dia extra. O problema do calendário juliano é que, na verdade, um ano tem 11 minutos e 14 segundos  menos do que se estimava. Por isso, em 1582, o papa Gregório XIII (1502-1585) anulou dez dias do calendário e determinou que, dos anos terminados em 00, só seriam bissextos os divisíveis por 400. E o nome  “bisexto” tem uma explicação curiosa: em Roma celebrava-se o dia extra no sexto dia de março, que era contado duas vezes.

fonte: revista Aventuras na História. ed. 70. maio 2009. (almanaque)

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Leia também: Origem dos meses do ano (janeiro a junho)

Origem dos nomes dos meses do ano (janeiro a junho)

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Antes de Roma ser fundada, as colinas de Alba eram ocupadas por tribos latinas, que dividiam o ano em períodos nomeados de acordo com seus deuses. Os romanos adaptaram essa estrutura. De acordo com alguns pensadores, como Plutarco (45-125), no princípio dessa civilização o ano tinha dez meses e começava por Martius (março). Os outros dois teriam sido acrescentados por Numa Pompilho, o segundo rei de Roma, que governou por volta de 700 a.C.

Os romanos não davam nome apenas para os meses, mas também para alguns dias especiais. O primeiro  de cada mês se chamava Calendae e significava “dia de pagar as contas” – daí a origem da palavra calendário, “livro de contas”. Idus marcava o meio  do mês, e Nonae correspondia ao nono dia antes de Idus. E essa era apenas uma das diversas confusões da folhinha romana.

Folhinha Milenar

Janeiro: Januarius era uma homenagem ao deus Jano, o senhor dos solstícios, encarregado de iniciar o inverno e o verão. Seu nome vem daí: ianitor quer dizer porteiro, aquele que comanda as portas dos ciclos de tempo.

Fevereiro: O nome se referia a um rito de purificação que em latim se chamava februa. Logo, Februarius era o mês de realizar essa cerimônia. Nesse período, os romanos faziam oferendas e sacrifícios de animais aos deuses do panteão, pra que a primavera vindoura trouxesse bonança.

Porque 28 dias?

Até 27 a.C., fevereiro tinha 29 dias. Quando o Senado criou o mês de agosto para homenagear Augusto, surgiu um problema: julho, o mês de Júlio César, tinha 31 dias, e o do Imperador só 30. Então o Senado tirou mais um dia de fevereiro.

Março: Dedicado a Marte, o deus da guerra. A homenagem, porém, tinha outra motivação, bem menos beligerante. Como Marte também regia a geração da vida. Martius era o mês da semeadura nos campos.

Abril: Pode ter surgido para celebrar a deusa do amor, Vênus. No primeiro dia do mês, as mulheres dançavam com coroas de flores. Outra hipótese é a de que Aprillis tenha se originado de aperio,  “abrir” em latim. Seria a época do desabrochar da primavera.

Maio: Homenagem a Maia, uma das deusas da primavera. Seu filho era o deus Mercúrio, pai da medicina e das ciências ocultas. Por esse motivo segundo escreveu Ovídio na obra Fastos. Maius era chamado de “o mês do conhecimento”.

Junho: Faz alusão a Juno, a esposa de Júpiter. Se havia uma entidade poderosa no panteão romano, era ela, a guardiã do casamento e do bem-estar de todas as mulheres.

fonte: revista Aventuras na História. ed. 70. maio de 2009. (almanaque)

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Idade Média: Legado Cultural

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Preservação do Legado Greco-Romano

Muito do que conhecemos hoje a respeito da Antiguidade clássica greco-romana deve-se ao empenho e ao trabalho de centenas de monges copistas anônimos que, pacientemente, fizeram traduções, copiaram obras antigas e preservaram os ensinamentos dos grandes filósofos gregos, como Platão e Aristóteles. O latim, herança da civilização romana, era o idioma universal da Europa Ocidental na Idade Média, e graças ao cultivo do latim foi possível preservar a literatura latina.

Origem dos idiomas modernos 

Muitos dos idiomas modernos - como o português, o francês, o castelhano (espanhol), o alemão e o inglês – tiveram suas origens a partir do contato entre o latim e as línguas faladas pelos povos bárbaros. Grandes autores, bem como os trovadores medievais, acabaram por dar a forma básica a esses idiomas modernos.

Origem do Ensino Superior

As universidades do mundo de hoje, que são centros de ensino, pesquisas, descobertas científicas, reconhecidas e valorizadas no mundo civilizado, são também instituições medievais. Nelas concentravam-se os sábios da época, que preservavam os conhecimentos adquiridos, transmitiam os resultados de seus estudos e tinham um público interessado em ouvi-los.

Deve-se a um pensador do século XIII, Roger Bacon (1214-1292), uma preocupação formal com o que chamamos hoje de “método científico”. Bacon foi um dos pioneiros do “método experimental”. Achava que a verdade sobre certos fatos deveria ser demonstrável por intermédio do experimento, e não simplesmente porque uma autoridade afirmou que devia ser verdade. Defendia a experimentação no lugar do “argumento de autoridade”.

Arquitetura e Vida Urbana

De todas as manifestações que se podem classificar como técnico-artísticas, a Arquitetura, sem dúvida, deve muito às soluções  desenvolvidas na Idade Média. As construções românica e gótica, além do seu aspecto estético, como belas e impressionantes construções que podem ser admiradas até hoje, em várias regiões da Europa, foram maneiras de resolver intrincados problemas de construção, de segurança, de durabilidade e de criação de ambientes propícios aos homens.

A civilização em que vivemos hoje é tipicamente urbana. O mundo rural é dependente da vida urbana. As origens do estilo e problemas enfrentados pela vida nas cidades derivam da Idade Média, pois, naquele período, desenvolveram-se as primeiras instituições que davam autonomia a autogoverno às cidades.

fonte: apostilas ETAPA

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O Império Songhay

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No final do século XIV, as disputas internas pelo poder e as rebeliões de diversos povos dominados (como os Mossi e os Tuaregue) desestabilizaram o Império do Mali, provocando sua lenta decadência durante os séculos XV e XVI, quando finalmente sua unidade política se desintegrou.

Os Songhay, que desde aproximadamente 1260 haviam sido dominados pelo Império do Mali, começaram a recuperar sua autonomia no fim do século XIV. Sua capital, Gao, era uma das mais belas e ricas cidades da África ocidental, muito vigiada pelo Mansa do Mali. Em outras cidades como Cuquia, porém, os chefes Songhay governavam com relativa independência, mesmo durante o período de dominação pelo Mali.

Foi por volta de 1420 que os Songhay passaram a atacar o Império do Mali, utilizando a força militar que se baseava em uma ampla frota naval no rio Níger, uma poderosa cavalaria e uma infantaria de arqueiros. A grande expansão de Songhay começa aproximadamente em 1450 e prossegue no reinado de Soni (título do soberano Songhay) Ali, de 1464 a 1492. Este combateu os Tuaregue, os Mossi e os Fula, dominando espaços que antes pertenceram ao Império do Mali. Soni Ali procurou conquistar as grandes cidades que eram entrepostos do comércio transaariano de sal, ouro, marfim, cobre, tecidos, noz de cola e ferro e também centros intelectuais importantes. Timbuktu foi conquistada em 1469 das mãos dos Tuaregue e Jenné em 1473.

Soni Ali era aparentemente muçulmano, mas ainda praticava a religião de seus ancestrais. Era visto pelos súditos como detentor de poderes mágicos, que lhe permitiriam transformar-se em um abutre e voar  ou tornar seus soldados invisíveis durante uma guerra. De toda forma, os muçulmanos mais ortodoxos não estavam satisfeitos com seu reinado, e talvez tenham sido os responsáveis por sua morte, em 1492. Em 1493, um soberano muçulmano assume o Império Songhay, após depor Abu Bakar Dau, o filho de Soni Ali.

Com o título de Askia Muhamed, esse rei continua a grande conquista de território para o Império Songhay: combate os Tuaregue, os Mossi, os Soninque, os Fula e os Hauçá, expandindo as fronteiras para além das áreas antes dominadas pelo Império de Mali e controlando boa parte do comércio da África ocidental. Songhay tornou-se o maior império que até então houvera naquela parte do continente.

o governo de Askia Muhamed marcou o apogeu e, ao mesmo tempo, o início do declínio do Império de Songhay. Askia foi deposto em 1528 por seu próprio filho e, em 1591, o império foi conquistado pelo sultão do Marrocos.

Nelson Piletti. Claudino Piletti. História e vida integrada. ensino fundamental.

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