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A inegável relevância do ser

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Hoje resolvi postar um texto bem bacana, é de autoria de meu querido irmão, espero que gostem.

Numa terra arrasada pela guerra digital, onde o relacionamento pessoal torna-se cada vez mais impessoal, onde um toque de mãos ou mesmo um simples, mas fabuloso abraço parecem estar sendo extintos, como numa caçada predatória e sem precedentes na história humana. Somos e nos tornamos o que somos justamente baseados na força da união, afinal, nossa condição de mamíferos nos impacta profundamente nesta direção, fazendo-nos soberanos sobre a Terra, pelo simples fato de possuirmos a capacidade de nos relacionarmos e nos juntarmos numa força descomunal, que é claro, tem se mostrado também destruidora, mas que nos levou a condição de estarmos no topo da cadeia alimentar e de realizarmos feitos fantásticos, jamais experimentados por outra raça.

Por onde se olhe, e seja qual for a guia que o oriente, pode-se dizer que, separados somos e podemos fazer a diferença, e é isso que o mundo pós-moderno tem cada dia mais nos ensinado, que a condição individual é imprescindível e de cunho quase absolutista, nos coagindo como num moto-contínuo a nos “libertarmos” da união, e desenrolarmos nossas vidas na direção do “EU”, de certo que individualmente somos importantes, e que não há dúvidas quanto a essa verdade inflexível, porém, que esta não seja a única relevância e que a verdade do conjunto, prevaleça sobre a unidade, tornando-nos não apenas fortes, mas implacavelmente imbatíveis, que sejamos um por todos e todos por um bem maior, que essa força que aplaca nosso peito seja a luz que permeia, a inegável relevância do ser.

Carlos Eduardo Pinto da Silva

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A Tecnologia Náutica

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As caravelas eram navios velozes e relativamente pequenos. Tinham em média 20 a 30 metros de comprimento e 6 a 8 de largura. Com 50 toneladas de capacidade, eram tripuladas por 40 ou 50 homens. Com vento a favor, chegavam a percorrer 250 quilômetros por dia. A grande vantagem das caravelas sobre os pesados navios mercantes utilizados no Mediterrâneo era a versatilidade. Ideais para navegação costeira, podiam entrar em rios e estuários, manobrar em águas baixas, contornar arrecifes  e bancos de areia. E também zarpar rapidamente, no caso de um ataque imprevisto.

 

Quadrante, peça do acervo da Universidade de Coimbra, Portugal Quadrante

Entre os instrumentos utilizados pelos navegantes em suas viagens a partir do século XV, destacam-se a bússola, o quadrante e o astrolábio. A bússola é uma agulha magnética que indica a direção do pólo Norte e ajuda a identificar a posição percorrida pelo navio; o quadrante é um arco graduado, de 45 graus, que fornece a latitude exata em que se encontra a embarcação. Já o astrolábio consiste em um disco metálico ou de madeira, utilizado para determinar a posição do navio com base na posição das estrelas.

Astrolábio  Idade Média Astrolábio

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As origens do Primeiro de Maio

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(texto: Prof. Ricardo Barros Sayeg)

Primeiro de maio é o Dia do Trabalho. No Brasil, assim como em alguns países do mundo, é feriado nacional. Um dia dedicado a festas, passeatas e reivindicações dos trabalhadores. Mas como ele teria surgido?

Em 1886, na cidade de Chicago,  Estados Unidos, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho. Dentre as principais reivindicações estavam a redução da jornada de trabalho de 13 para oito horas, melhores salários, descanso semanal remunerado e um período anual de férias. Nesse mesmo dia, ocorreu naquele país uma greve geral de trabalhadores. Os conflitos com a polícia se tornaram constantes a partir de então. Oito trabalhadores morreram nessas verdadeiras lutas de rua. Muitos foram presos e alguns foram enforcados em praça pública depois de julgamentos injustos, nos quais foram acusados de liderar as manifestações que tiveram início no dia 1° de maio.

No dia 4 de maio de 1886, novas manifestações tomaram conta das ruas de Chicago. Dessa vez, morreram doze protestantes e dezenas de pessoas ficaram feridas.
A escolha da data de 1° de maio foi feita pela Segunda Internacional Socialista, reunida em Paris, em 1889. Naquela ocasião, escolheu-se essa data para homenagear os trabalhadores mortos pela repressão policial nos Estados Unidos.

Apesar disso, os Estados Unidos comemoram o Dia do Trabalho na primeira segunda-feira de setembro. Além deste, outros poucos países têm suas datas próprias. Na Austrália comemora-se a data em duas ocasiões: na parte ocidental em 4 de março e na parte meridional em 7 de outubro.

Aqui no Brasil, o primeiro de maio é comemorado desde o ano de 1925, por decreto sancionado pelo então presidente Arthur Bernardes. De lá para cá, a data foi comemorada de diversas formas: em 1940, o presidente Getúlio Vargas utilizou o primeiro de maio para anunciar o novo salário mínimo. Em 1941, a data foi usada para marcar a criação da Justiça do Trabalho, que visava resolver os conflitos existentes entre os trabalhadores e seus patrões. Mas na Bahia, por 55 anos não se comemorou esta data em virtude da natureza contraditória da ocasião: o dia dedicado ao trabalho, é feriado. Só em 1980, Antônio Carlos Magalhães promulgou a data como o dia do descanso em todo o estado da Bahia

Hoje, perdeu-se um pouco do caráter reivindicativo do dia e o primeiro de maio é utilizado mais para as festas realizadas pelas organizações trabalhistas, ocasião em que são sorteados prêmios para os trabalhadores pelas principais centrais sindicais do país. Triste fim para uma data que teve origens tão nobres!

*Ricardo Barros Sayeg:  Professor de História do Colégio Paulista, Mestre em Educação pela Universidade de São Paulo, formado em História e Pedagogia pela mesma universidade.

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Leia também: Transformações Pós-Guerra de Secessão

A Construção da Crise no Afeganistão

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Devido à sua posição geográfica estratégica, o Afeganistão sempre foi área sujeita a invasões e disputas (desde os gregos Alexandre Magno, na Antiguidade, passando pelos mongóis, turcos, ingleses, paquistaneses até os russos e norte-americanos nos períodos seguintes) A monarquia centralizada, estabelecida no século XVIII e que duraria até 1973, foi um dos alvos, nas disputas coloniais do século XIX, dos confrontos entre o Império Russo e o Britânico, ficando  este último com o domínio regional até a independência do país em 1919.

Com a queda da monarquia em 1973, quando Daud Khan derrubou o rei Zahir Shah, deu-se uma sucessão de golpes militares, conflitos e intervencionismos que arrasaram o país provocando a fuga de milhões de afegãos (cerca de 2,5 milhões). Daud Khan foi assassinado em 1978 e, sob a liderança de Mohamed Taraki, foi instalado um regime de partido único inspirado na União Soviética e sujeito à crescente oposição de grupos islâmicos apoiados pelo Paquistão e Irã e armados pelos Estados Unidos.

As lutas entre as facções políticas étnicas e religiosas  culminaram no fuzilamento de Taraki, em 1979, seguido da invasão da União Soviética, em que morreram mais de 15 mil russos e 1 milhão de afegãos. Os soviéticos retiraram-se do país dez anos depois, mantendo o apoio (financeiro e em armas) ao governo de Mohamed Najibullah, que foi obrigado a renunciar, em 1992, quando grupos guerrilheiros tomaram Cabul, a capital do país.

Os confrontos continuaram entre as facções políticas e islâmicas rivais, destacando-se o grupo islâmico Talibã ou Taleban “(estudante”, em persa), milícia que ganhou supremacia sobre aproximadamente 90% do território nacional ao final dos anos 1990, impondo-lhe rígidas leis muçulmanas. Esse grupo era formado pela maioria étnica do Afeganistão, os pashtuns, enquanto em outro grupo, que controlava pequenas áreas ao norte do território, conhecido  como Aliança do Norte, predominavam três  grupos étnicos minoritários:os usbeques,  os tajiques e os hazaras.

Em 1998, os EUA dispararam mísseis contra alvos no Afeganistão, sob a acusação de serem centros de apoio  às ações terroristas internacionais, especialmente da Al Qaeda, organização liderada por Osama Bin Laden. Esse fundamentalista islâmico  era um milionário de origem saudita que migrara para o Afeganistão, onde obteve ajuda militar e financeira dos Estados Unidos no combate aos soviéticos, na Guerra do Afeganistão, durante os anos de 1980.

Bin Laden fundou a Al Qaeda (que significa, “A Base”), em 1990 e, no final dessa década, controlava uma ampla rede de atuações em diversos países contra o que chamava de “influência ocidental” e interferência dos EUA no mundo islâmico. Em 1999, a ONU determinou sanções contra o governo Talibã, como restrições aos vôos internacionais e exigências da extradição de Bin Laden para julgamento num tribunal internacional.

 

imagem Bush e Bin Laden Imagem: Anúncio feito para a revista Veja

Em 11 de setembro de 2001, nos atentados realizados em Nova York e Washington, quando as torres do World Trade Center e o Pentágono foram atingidos por aviões sequestrados por terroristas, Osama Bin Laden foi acusado pelas autoridades norte-americanas de ser o articulador da ação que deixou milhares de mortos nos EUA. O presidente Bush declarou guerra aos terroristas e aos Estados que os abrigassem, exigindo do governo afegão a prisão e entrega de Bin Laden. O desdobramento da crise foi o bombardeio por parte dos EUA sobre o Afeganistão e a derrubada do Talibã. Até meados de 2008, ainda era desconhecido o paradeiro de Osama Bin Laden.

Com a derrota militar e a queda do Talibã, foi estabelecido um governo provisório, aliado dos EUA e chefiado por Hamid Karzai (dez/2001), com a difícil tarefa de pôr fim às permanentes disputas das várias facções e de reconstruir o país. Mesmo sem a presença do Talibã, continuaram os conflitos armados entre chefes guerreiros regionais, o crescimento do consumo de ópio, a criminalidade e o descontrole governamental. No final de 2004 foram realizadas eleições presidenciais, vencendo o presidente interino Hamid Karzai. Até meados de 2008, as Forças Armadas dos Estados Unidos mantinham no país cerca de 40% dos quase 50 mil soldados da força internacional, enquanto seguiam os atentados, a atuação do Talibã, a ampliação da produção de ópio e seguidos confrontos permanecendo distante a plena pacificação do Afeganistão.

 Claudio Vicentino. Gianpaolo Dorigo. História para o ensino Médio. História Geral e do Brasil. ensino médio. volume único.

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Ascensão e Queda da Borracha

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A exploração comercial do látex, goma extraída da seringueira e do qual se obtém a borracha, ocorria desde o século XVIII. Utilizada para impermeabilizar tecidos, a borracha ficava quebradiça no inverno e pastosa no verão. Em 1844, Charles Goodyear patenteou um processo que dava mais resistência ao produto, deixando-o imune às variações de temperatura. A partir de então, as exportações do látex da região amazônica aumentaram bastante.

O grande salto, porém, deu-se a partir de 1886, com a invenção do automóvel e a necessidade de borracha para a fabricação de pneus. O Brasil passou a responder por 90% de toda a produção mundial do látex, e o produto chegou a representar 40% das exportações brasileiras.

Assim, entre a última década do século XIX e o começo do século XX, a Amazônia passou por um surto de riqueza que promoveu o surgimento de uma elite formada sobretudo por seringalistas, comerciantes e banqueiros.

Manaus e Belém se modernizaram, com a construção de largas avenidas, praças, bulevares, mercados e edifícios imponentes como o Palácio do Governo e o Teatro Amazonas, ambos em Manaus.

Teatro Amazonas - Manaus  Teatro Amazonas, Manaus

 

A euforia, entretanto, não durou muito. Atraídos pela perspectiva de altos lucros, os ingleses transplantaram mudas de seringueiras para o Ceilão (atual Sri Lanka) e Cingapura, onde a planta passou a ser cultivada de forma racional em grandes propriedades (no Brasil, ao contrário, ela crescia espontaneamente no meio da floresta). Assim, em pouco tempo os asiáticos passaram a liderar a produção mundial do látex, desbancando os produtores brasileiros. Em 1919, as vendas brasileiras no mercado externo não chegavam a 10% das exportações mundiais do produto.

Fonte: Maria da Nazaré Sarges. Belém: riquezas produzindo a Belle-Époque (1870-1912). Belém: Paka-Tatu, 2000;Vulcanized rubber.)

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Leia Também: A Borracha e o cacau na economia do século XIX

O Protocolo de Kyoto

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Durante a Rio-92, foi assinada a Convenção sobre Mudanças Climáticas. Como objetivo principal ela estabelecia “a estabilização das concentrações de gases do efeito estufa na atmosfera num  nível que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema clima. Esse nível deverá ser alcançado num prazo suficiente que permita aos ecossistemas se adaptarem naturalmente à mudança do clima, que assegure que a produção de alimentos não seja ameaçada e que permita ao desenvolvimento econômico prosseguir de maneira sustentável”.

O aprofundamento dessa convenção levou a assinatura, em 1997, do Protocolo de Kyoto, que estabeleceu metas para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa.

Para que o protocolo pudesse entrar em vigor era necessário que fosse ratificado (confirmado) pelos países responsáveis por pelo menos 55% das emissões de gases poluentes.

Mas a recusa do presidente norte-americano George W. Bush em ratifica-lo, alegando que ele causaria danos à economia dos Estados Unidos, dificultou a sua implementação. (Os Estados Unidos são responsáveis pela emissão de 21% dos gases causadores do efeito estufa.)

 

Protesto contra a emissão de gases que provocam o efeito estufa, Madrid, Espanha imagem: R7 Notícias - Manifestantes carregam cartazes contra a emissão de gases do efeito estufa durante protesto organizado pela “Coalicion Clima”, em Madri, na Espanha

 

O protocolo só entrou em vigor em fevereiro de 2005, após a Rússia decidir ratifica-lo. O Protocolo de Kyoto foi ratificado por 141 países, dos quais 34 industrializados. Seu objetivo é reduzir até 2012 cerca de 5% das emissões de gases causadores do efeito estufa. Até maio de 2008, o governo norte-americano  mantinha sua recusa em ratifica-lo.

    • Interferência Antrópica: Causada pela ação humana sobre a natureza

Nelson Piletti. Claudino Piletti.Thiago Tremonte. História e vida integrada. ensino fundamental.

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Preocupação Ecológica

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O desenvolvimento desenfreado da produção gerou outro tipo de preocupação: a de promover a exploração adequada dos recursos naturais do planeta, com o reparo dos danos já causados à natureza, com a preservação do meio ambiente e com o combate à poluição. Essa preocupação se acentuou com a divulgação, em fevereiro de 2008, de um estudo preparado por um grupo de trabalho da Organização das Nações Unidas (ONU) formado por 2500 cientistas de vários países.

O estudo, intitulado Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, sigla da expressão em inglês), alertava para os riscos do superaquecimento da atmosfera, como consequência da emissão indiscriminada de gases causadores do efeito estufa.

Urso Polar surpreendido pelos rápido derretimento do gelo. Urso Polar, é surpreendido pelo rápido derretimento do gelo

 

A preservação do meio ambiente é hoje também objeto de medidas por parte do governo de vários países. Além disso, conferências mundiais são organizadas com o objetivo de definir políticas de alcance mundial na área ambiental. Uma das mais importantes  foi a Rio-92, ocorrida na cidade do Rio de Janeiro em 1992 e na qual representantes de 150 países assinaram duas importantes resoluções: a primeira, destinada a tomar medidas para evitar o aquecimento do globo; a segunda, voltada para a preservação de espécies animais e vegetais.

Nelson Piletti. Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e vida integrada. ensino fundamental

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Leia Também: A Aids

O Movimento Negro

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A abolição formal da escravidão foi decretada no Brasil em maio de 1888. A Constituição brasileira, por sua vez, assegura igualdade jurídica entre todas as pessoas, não importa a cor de sua pele. Apesar disso, a população afrodescendente do Brasil continua a sofrer com o preconceito em diversos níveis e formas, desde a construção de um padrão de beleza europeia e branca até o desrespeito às tradições africanas. Além disso há entre brancos e afrodescendentes profundas desigualdades econômicas e sociais.

Nas universidades públicas brasileiras, apesar de atualmente existir um sistema de cotas para negros e índios, o número de brancos matriculados é esmagadoramente superior ao de negros.

 

movimento negro ( imagem: Bayeux em Foco

 

Diversos grupos de negros lutam contra a discriminação racial e pela afirmação dos direitos da população negra em geral. Uma de suas bandeiras é o resgate das tradições africanas, que, por muito tempo, foram tratadas com desrespeito ou como práticas ilegais. Entre os grupos mais ativos de  afirmação negra, destacam-se o Movimento Negro Unificado (MNU), o fórum Nacional de Mulheres Negras, a União dos Negros pela Igualdade (Unegro) e a Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen).

 

Fundação Cultural dos Palmares

Em resposta às demandas do movimento negro, em 1988 foi criada a Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura. Trata-se de uma instituição que tem por finalidade promover a preservação dos valores culturais que a presença africana e afrodescendente imprimiu à formação da sociedade brasileira. Incorporando em sua agenda política a discussão racial, o governo Lula criou a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, com status de ministério, que procura ser um instrumento oficial na luta pela afirmação e inserção da população afrodescendente na sociedade brasileira.

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Leia Também: Terras Indígenas

Sítios Arqueológicos do Brasil (Parte I)

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Serra da Capivara

A maior concentração de sítios arqueológicos no Brasil encontra-se no Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, Piauí. Com mais de setecentos sítios, o local é considerado pela Organização das Nações Unidas (ONU), patrimônio cultural da humanidade.

De todos os sítios da região, o mais antigo e importante  é o Boqueirão da Pedra Furada, onde foram encontrados vestígios que, segundo alguns pesquisadores, indicam a presença humana no local há cerca de 50 mil anos.

Os sítios de Minas Gerais

A região de Lagoa Santa, em Minas Gerais, é outro dos principais sítios arqueológicos do país. Ali foi encontrado o crânio de Luzia, o mais antigo fóssil humano encontrado nas Américas, com 11.500 anos, além de machados de pedra.

Luzia, fóssil humano mais antigo das Américas Luzia, o mais antigo fóssil das Américas

Reconstituição da cabeça de Luzia feita na Universidade de Manchester, Inglaterra, com a ajuda de tomografias computadorizadas. A reconstrução revela uma face de traços negróides, em contraste com a dos índios de características mongolóides encontradas por Cabral em 1500.

 

Também é antiga a presença humana no Vale do Peruaçu, no Alto São Francisco, em Minas Gerais. Pesquisas indicam que esse lugar  começou a ser ocupado há aproximadamente 11 mil anos.

 

mapa sítios arqueológicos do Brasil 

Mapa: Sítios Arqueológicos do Brasil

Amazônia e Ilha de Marajó

Pesquisas arqueológicas comprovam que a região amazônica já era habitada por povos caçadores-coletores há cerca de 12 mil anos. Por voltas de 2000 a.C., alguns desses povos descobriram a agricultura e a arte da cerâmica. Entre os anos 1000 a.C e 1000 d.C., surgiram ali sociedades mais complexas, com uma organização social hierárquica e um artesanato altamente desenvolvido. O centro de uma dessas sociedades parece ter se estabelecido nas proximidades da atual cidade de Santarém, no Pará.

Há cerca de 3 500 anos grupos de agricultores começaram a colonizar a Ilha de Marajó, na foz do rio Amazonas. Ali, por volta do ano 200, surgiu a mais notável cultura amazônica do período pré-colonial no Brasil: a civilização Marajoara.

 

cerâmica Marajoara , encontrada em Rio Anjás, Ilha de Marajó Cerâmica Marajoara, encontrada em 1949

 

Um terceiro sítio arqueológico importante no Pará  é o de Pedra Pintada, no município de Monte Alegre. Ali, pesquisas recentes revelaram a presença de grupos humanos há cerca de 11 200 anos.

Por volta de 3500 a.C desenvolveu-se no sul e sudeste do Brasil um cultura de agricultores e ceramistas conhecida como povo de Itararé. Esses paleoíndios se instalaram em planaltos a mais de 800 metros acima do nível do mar, em regiões frias. Para se abrigar, eles construíram suas habitações abaixo do solo.

Para isso, escavaram buracos de até 8 metros de profundidade e 20 metros de diâmetro. Depois, cobriam-nos com um teto feito provavelmente de madeira, argila e gramíneas. As habitações se comunicavam entre si, por túneis, onde também ficavam guardados alimentos e certos objetos, como vasos de cerâmica.

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Leia Também:  Américas na Antiguidade

Os Cananeus

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O Líbano é uma nação do continente asiático encravada entre a Síria, Israel e o mar Mediterrâneo. Com uma área de 10 mil quilômetros quadrados, seu território é formado por um pequeno e fértil planalto ao centro, cercado por duas cadeias de montanhas.

Por volta de 3000 a.C. estabeleceram-se ali povos de origem semita que se autodenominavam cananeus, uma vez que a região era conhecida pelo nome de Canaã. Os cananeus construíram seus aldeamentos sobretudo às margens do Mediterrâneo. Com grande atividade comercial, esse  povoamento deu origem a diversas cidades portuárias, como Biblos, Ugarit e Tiro.

Embora as cidades tivessem  idioma e hábitos culturais semelhantes, não estavam unificadas em torno de um reino. Eram  cidades-Estado. Tinham, portanto, autonomia política e administrativa. De modo geral, eram governadas por monarcas, em torno dos quais encontravam-se a aristocracia – composta de comerciantes e proprietários de terras – e um clero poderoso. A grande massa urbana era formada por marinheiros e trabalhadores especializados em fabricar jóias, vidros, tecidos e outros produtos.

O comércio pelo mar

A comunicação entre as diferentes cidades-Estrado era feita principalmente pelo mar; com o tempo, os cananeus passaram também a estabelecer relações mercantis com outras populações mediterrâneas. Por volta de 2.500 a.C. algumas cidades  cananeias haviam se transformado em ponto de encontro de caravanas de mercadores vindas das mais diferentes regiões, constituindo-se em verdadeiros entrepostos comerciais. Esse foi, por exemplo, o caso de Biblos, que se tornou o principal centro distribuidor do papiro fabricado no Egito.

Os cananeus se destacaram também pela produção de corantes, desenvolvendo uma sofisticada técnica de tingir tecidos. Teria sido por esse motivo que os gregos chamavam Canaã de Phoenicia (púrpura), palavra da qual derivam Fenícia e fenícios.

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Leia Também: Fenicios: Mestres da Construção

Cuidados com o Corpo

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As evidências históricas mostram que os egípcios eram elegantes e se cuidavam bastante, mas isso devia-se não apenas aos padrões estéticos da época. Trabalhos arqueológicos recentes e pesquisas científicas em diversas áreas – como química, física, biologia e medicina - têm mostrado que muito daquilo que se apresenta como vaidade eram, de fato, cuidados especiais para prevenir os rigores do clima ou sinônimo de vida e alimentação equilibradas.

Camponeses ceifando trigo, detalhe de pinrura mural da tumba de Sennedjem, em Deir-El-Medina, Egito Camponeses ceifando trigo. Detalhe de pintura mural da tumba de Sennedjem, em Deir-El-Medina, Egito.

 

Tomografias e autópsias feitas em múmias revelam que, graças ao fato de ingerirem pouco açúcar, os egípcios praticamente não tinham cáries. Os óleos perfumados com os quais untavam o corpo evitavam o ressecamento da pele. Já a sombra nos olhos era resultado da malaquita, pedra verde pulverizada e aplicada nas pálpebras para neutralizar a luz excessiva do Sol e agir como desinfetante contra doenças da vista transmitidas por moscas.

(Superinteressante, jun.1988. Dez anos da revista. São Paulo: Abril, 1997. CD-ROM.)

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Leia Também: Papiro

A extração do pau-brasil

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O corte das árvores e o seu transporte para os navios eram feitos pelos indígenas. Em troca, eles recebiam roupas coloridas, contas, espelhos, canivetes, facas, etc.

O pau-brasil só podia ser explorado com a autorização do rei de Portugal. Ou seja, a Coroa portuguesa detinha o monopólio sobre a comercialização do produto. Esse privilégio era dado pelo rei, que, em troca, ficava com boa parte dos lucros. Porém, sabemos que muitos traficantes também atuaram na exploração da madeira.

A extração do pau-brasil foi realizada em diversas partes do território. Quando o pau-brasil acabava num lugar, os comerciantes procuravam-no em outro e, assim, iam derrubando as florestas.  Como essa atividade não exigia que os europeus se fixassem na América, nos primeiros trinta anos (1530) os portugueses não construíram povoados, apenas construções fortificadas em alguns pontos do litoral. Estas eram chamadas de feitorias e serviam para defesa e armazenamento do pau-brasil ou de outras mercadorias retiradas da terra, já que outros povos, principalmente os franceses, também exploravam o pau-brasil.

Até 1530, foram fundadas dez feitorias. Cabo Frio, Pernambuco, Igaraçu, Itamaracá, Bahia, São Vicente, Porto Seguro, Santo Aleixo, dos Marcos e Rio de Janeiro.

Ilustração de  indígenas cortando pau-brasilIlustração: Indígenas cortando pau-brasil 

 

Os franceses não concordavam com a posse do território da América somente por Portugal e Espanha e defendiam o direito de também extrair pau-brasil. Com a ajuda de alguns grupos indígenas, os franceses foram cortando e levando madeira. Diante disso, o rei de Portugal mandou vários navios com soldados para proteger a costa brasileira contra os ataques dos franceses. O que, de certo modo, acelerou o processo de ocupação e colonização das terras.

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Leia Também: A Chegada dos Portugueses à América

A Aids

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Além da fome, outro problema do mundo globalizado é a Aids, doença que atinge fortemente a população da África. Do final do século passado até os nossos dias, ela está entre as doenças mais mortais, vitimando milhões de pessoas não só na África, mas também nos outros continentes.

Os primeiros casos foram notados na Califórnia, Estados Unidos, em 1980. Alguns marinheiros manifestaram sintomas de uma doença desconhecida. Os médicos constatavam que o doente ficava sem defesa contra infecções, algumas até simples. Também alguns tipos de câncer se manifestavam com facilidade. E os doentes geralmente morriam por causa dessas infecções ou do câncer.

Pelo fato de atacar o sistema de defesa do organismo, ou sistema imune, a  nova doença recebeu o nome de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.(Acquired Immunodeficiency Syndrome, em inglês, daí a sigla Aids). O vírus que a provoca recebeu o nome de Human Immunodeficiency Virus (HIV).

mãos da diversidade em torno do símbolo da Aids Mãos da diversidade em torno do símbolo da Aids

 

O vírus pode ser transmitido por meio de relação sexual sem preservativo, por transfusão sanguínea, pelo uso de objetos cortantes contaminados ou seringas infectadas, pela gestante ao feto durante a gravidez ou na hora do parto e pela mãe ao bebê durante a amamentação.

A Aids é um fenômeno mundial. Praticamente todos os países têm um grande número de infectados. Mas é na África, que se observam os maiores números. Atualmente estima-se que cerca de 9% dos africanos são portadores do vírus da Aids. No Brasil, segundo estimativas do Ministério da Saúde, entre 1980 e 2007 foram notificados quase 480 mil casos da doença.

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Exploração do Pau-Brasil

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Em 1500, época da chegada dos portugueses ao território que viria a se chamar Brasil, a mata Atlântica tinha mais  de 1 milhão de quilômetros quadrados, estendendo-se por aproximadamente dezessete dos atuais estados brasileiros. Hoje, restam apenas 10% dessa área de mata, a maior parte em serras.

Essa é uma das consequências negativas de pelo menos cinco séculos de exploração, que acabou com muitas espécies vegetais e animais. E tudo começou com a extração do pau-brasil feita pelos portugueses.

A Madeira

O nome pau-brasil  pode ter vindo da lenda irlandesa da Hy Brazil, sobre uma ilha paradisíaca situada no oceano Atlântico. Além disso, o termo celta – empregado pelos irlandeses – para se referir a um corante mineral de estanho era breazail, que significa vermelhão. Desse modo, a árvore de madeira vermelha de nome Ibirapitanga foi batizada pelos portugueses de pau-brasil. Em língua tupi, ybirá significa pau e pitanga, vermelho.

Os europeus, desde a Idade Média, conheciam uma árvore semelhante, cuja madeira fornecia uma tintura muito utilizada para tingir tecidos, pintar manuscritos e ainda para trabalhos de marcenaria. Naquela época, essa madeira vinha da região, hoje conhecida como Malásia e também da Índia. Mas ela acabou sendo substituída pela madeira da América que era muito mais barata.

Pau-brasil Pau-Brasil

O pau-brasil, assim chamado pelos europeus, crescia em quase todo o litoral, na mata Atlântica. Era uma árvore grande: chegava a medir 1 metro de diâmetro na base e de 10 a 15 metros de altura. Sua exploração, feita com base no trabalho dos indígenas, constituiu a primeira atividade econômica da nova colônia portuguesa na América, o Brasil.

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Leia Também:  Chegada dos portugueses à América

República Árabe do Egito

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O atual Egito é muito diferente daquele que existiu na Antiguidade. Localizado na mesma região, chama-se República Árabe do Egito e, como um país empobrecido, enfrenta vários problemas.

Aí se concentra a segunda maior população da África: mais de 70 milhões de pessoas. Como a maioria é de origem árabe, o país ainda ostenta a condição de abrigar a maior população árabe do mundo. Ao todo, 90% dos egípcios seguem a região islâmica.

Quase a totalidade do território encontra-se em área de deserto. As maiores fontes de renda são o petróleo e a renda obtida com o canal de Suez, um dos mais movimentados do mundo, por ligar o mar Vermelho e o mar Mediterrâneo.

O turismo representa também uma fonte importante de riqueza. O país recebe milhares de  turistas desde os vestígios do passado até as praias espalhadas às margens do Mediterrâneo.

 

Cairo, Egito Vista do Cairo, Egito

 

Às margens do Rio Nilo

O rio Nilo, continua a desempenhar papel importante para a sociedade local. Cerca de 90% da população mora às margens e utiliza suas águas de diversas formas, como para irrigação e fonte de energia.

Estima-se que, atualmente, os egípcios utilizem 2/3 das águas do Nilo. Assim, em uma área marcada por desertos, essas águas tornam-se extremamente importantes e disputadas até pelos povos vizinhos.

Em 2002, por exemplo, o governo da Etiópia, país que abriga grande parte das nascentes do rio, deu início a pequenas obras para represar as águas do Nilo e, assim, melhorar as condições da agricultura no país.

O ato foi encarado como uma ameaça pelos egípcios, que reagiram. Longe de uma solução, a situação parecia então bem próxima de virar conflito.

O maior problema, entretanto, para vários especialistas, parece ser outro: o uso intenso das águas ameaça a existência do próprio Nilo, que pode assim tornar-se um rio morto.

Nelson Piletti. Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e vida integrada. ensino fundamental

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Religiões da Índia

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Inúmeras religiões se desenvolveram na península da Índia, algumas delas praticadas até hoje por milhões de pessoas. O vedismo, o bramanismo e o budismo são algumas dessas religiões.

O vedismo e o bramanismo são orientados  pelos Vedas, conjunto de escrituras sagradas composto de quatro livros que reúnem orações, hinos, poemas., preceitos litúrgicos e narrativas. O budismo possui origem distinta, isto é, não está relacionado ao vedismo nem ao bramanismo.

  • Vedismo – Antiga religião dos Hindus, contava com diversos deuses ligados aos elementos da natureza, como Agni (deus do fogo) e Indra (deus das tempestades).
  • Bramanismo – Os brâmanes (ou sacerdotes) ganharam destaque dentro do vedismo e modificaram as práticas religiosas. O bramanismo, como então ficou conhecido, passou a ter como preceitos fundamentais o respeito à ordem cósmica, a obediência ao destino e o dever de pureza, base do sistema de castas. O pensamento religioso do bramanismo, tem como princípio o Braman (que significa o absoluto, a totalidade, o supremo), do qual tudo deriva.  Os diversos deuses são personificados de seus aspectos: os principais são Brahma (criador), Vishnu (conservador/preservador) e Shiva (destruidor), que formam a última trindade. O bramanismo prega ainda que a alma está sujeita a uma sucessão de vidas e renascimentos (reencarnação), que só se esgota ao atingir o grau supremo de pureza (libertação). A partir do século III de nossa era, o bramanismo passou a ser conhecido como hinduísmo.
  • Budismo – Religião fundada por Sidarta Gautama, o Buda, no século V a.C. Buda nasceu na região do Himalaia em 480 a.C. e morreu aos 80 anos. Segundo a tradição, seus ensinamentos foram transmitidos oralmente aos seguidores e apenas séculos depois ganharam uma versão escrita. De acordo com esses ensinamentos, nada seria permanente ou indestrutível, sobretudo a realidade, sempre mutável. Os budistas acreditavam que o universo não possuía uma ordem pré-definida, como pregavam os hinduístas. Por isso, negavam o sistema de castas. A doutrina fundamental do budismo compreende as chamadas quatro nobres verdades: a vida é dor; a causa da dor é o desejo; o fim do desejo é obtido pela prática das regras morais e da disciplina ascética. Enquanto o indivíduo não se liberta do desejo, está submetido ao ciclo do renascimento.

Nelson Piletti, Claudino Piletti, Thiago Tremonte. História e Vida Integrada.

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Leia Também: Os Três Deuses mais poderosos do hinduísmo

A Organização Social da Índia

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De acordo com o vedismo, cada pessoa nasce com funções e papéis pré-definidos na sociedade. Estes eram determinados por ordem divina e não podiam ser alterados.

Tal crença influenciava toda sociedade hindu, que se encontrava rigidamente dividida em grupos hierarquizados, denominados castas. Não existia qualquer possibilidade de uma pessoa mudar de uma casta para outra.

Desde o seu nascimento, a pessoa tinha determinado onde poderia morar, quem poderia desposar (casar), que atividades exerceria e até mesmo o modo de se vestir e o que comer.

A esperança dos hindus era a reencarnação, o contínuo renascer da alma para alcançar estágios mais puros. Isso significava que, em uma vida futura, qualquer indivíduo poderia nascer em uma casta mais elevada.

A organização social da Índia compreendia inúmeras castas. No topo da hierarquia, destacavam-se:

  • Brâmanes – Sacerdotes que tinham acesso aos textos sagrados e eram responsáveis por sua aplicação.
  • Guerreiros - Defendiam o território e ocupavam cargos políticos.
  • Mercadores – Eram aqueles que se dedicavam ao comércio

Brâmane Anjum, ÍndiaBrâmane Anjum

Havia ainda os párias ou intocáveis. Considerados impuros, pertenciam a uma casta social inferior. De modo geral, realizavam atividades em que lidavam com animais mortos ou dejetos humanos. Eram sapateiros, curtidores, coveiros, limpadores de fossa.

Nelson Piletti. Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e Vida Integrada. ensino fundamental

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Leia Também:  Sociedade de Castas

Monumento à Resistência no Monte Pascoal (BA)

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O Monte Pascoal é um símbolo muito rico para quem quer conhecer a história do Brasil. Ele foi tomado pelos portugueses dos indígenas que lá viviam. Muitos desses indígenas morreram lutando em defesa da terra, e outros tiveram de fugir mais para o interior do território. Quinhentos anos depois, os indígenas retomaram o monte e nele construíram o Monumento à Resistência dos Povos Indígenas.

Em muitas outras regiões do Brasil, os indígenas também estão reconquistando terras das quais haviam sido expulsos por invasores. E estão conseguindo isso como resultado de sua união e organização, trabalhando em cooperação.

Veja texto a seguir…

As comunidades Pataxó vão receber, no dia 19 de agosto de 2001, representantes indígenas de todas as regiões do país para a inauguração do Monumento à Resistência dos Povos Indígenas, construído no Monte Pascoal, localizado na Bahia.

O monumento foi erguido na chamada Praça do Meio, área de confluência de caminhos para várias aldeias, para o centro de visitação e para o cume do monte. A praça também receberá o nome de Praça da Resistência. A inauguração se dará durante as comemorações dos dois anos de retomada do Monte Pascoal pelos seus verdadeiros habitantes.

A obra no Monte Pascoal foi concebida depois que a polícia baiana destruiu, em 4 de abril de 2000, o monumento que estava sendo erguido na aldeia Pataxó de Coroa Vermelha, em Santa Cruz de Cabrália (BA). Aquele monumento seria finalizado pelos indígenas durante uma conferência. O objetivo era marcar a passagem dos 500 anos de invasão dos territórios indígenas a partir da visão dos próprios índios. Com a repressão policial, a obra foi inviabilizada em Coroa Vermelha e transferida para o Monte Pascoal.

Na sua base circular, construída com pedras e concreto, foi reservado um grande espaço para dança. Na área mais central, emerge um mapa do Brasil, cujo perímetro feito de concreto terá grafados os nomes de todos os povos indígenas. Dentro do mapa, será cultivado um jardim de ervas medicinais, onde cada povo poderá plantar espécies comuns em suas regiões. Em torno da base circular, erguem-se cinco grandes colunas em forma de arcos que quase se encontram no alto. Elas significam os cinco séculos de resistência indígena. Feito pela própria comunidade Pataxó, que, durante todo o tempo de construção, se revezou nos trabalhos de mutirão, o monumento contou com a colaboração de dois facilitadores, o artista Dan Baron e Manoela Souza, que também participaram da construção do monumento destruído em Coroa Vermelha. Dan Baron foi o autor do monumento em memória das vítimas de Eldorado dos Carajás, na chamada curva do “S”, local do massacre de sem-terra, no Pará.

 

Monumento à Reistência dos Povos Indígenas no Monte Pascoal (BA), inaugurado em 19 de agosto de 2001 Monumento à Resistência dos Povos Indígenas no Monte Pascoal (BA)

(Jornal Porantim, Brasília, p 4, agosto, 2001.)

Nelson Piletti, Claudino Piletti. História e Vida Integrada. ensino fundamental.

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O Exército Romano

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Para os romanos, fazer parte do exército era motivo de orgulho e sinal de status. Além de prestar o serviço militar gratuitamente, os membros da força armada equipavam-se por conta própria. Os integrantes da cavalaria, por exemplo, costumavam vir das camadas mais ricas: somente eles tinham recursos para possuir cavalos, armaduras de ferro e outros equipamentos de primeira linha exigidos para essa divisão.

 

Exercito Romano Exército Romano

 

Entretanto, se a participação de todos os homens livres no exército o tornava forte, por outro lado trazia problemas para a vida econômica da cidade, pois essas pessoas eram obrigadas a abandonar suas plantações e afazeres em razão das atividades militares. Por causa disso, ficou estabelecido que o exército teria uma atuação sazonal, de modo que as guerras só poderiam ocorrer durante o verão, por exemplo, para não prejudicar as atividades agrícolas.

Mesmo com essas limitações decorrentes da falta de profissionalização, o exército contava com uma estrutura organizacional bastante rígida. Era dividido em legiões, que se  subdividiam em centúrias de infantaria pesada, infantaria ligeira e grupos de cavalaria.

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Leia Também: O Poder do Sal

Apogeu e Decadência dos Olmecas

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Enquanto a cultura helenística vivia seu momento de esplendor, no continente americano a civilização olmeca entrava em decadência. Os olmecas se desenvolveram inicialmente na região do golfo do México e expandiram seus domínios até o litoral do Pacífico, onde hoje se encontram El Salvador e Costa Rica. Sua cultura floresceu por volta de 1400 a. C., com um notável desenvolvimento das artes e da arquitetura.

Cabeça Olmeca Cabeça Olmeca

Essa época foi marcada pela construção de pirâmides em centros cerimoniais, por pinturas refinadas e por enormes cabeças esculpidas em pedra, algumas com mais de vinte toneladas. Os olmecas também utilizavam um sistema de escrita e criaram o primeiro calendário da América.

Por razões desconhecidas, a partir de 600 a. C., os centros cerimoniais começaram a ser abandonados. Entretanto, muitos dos conhecimentos olmecas seriam incorporados por outros povos do continente, como os astecas e os maias.

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Leia Também: Sociedades da Mesoamérica

A Bíblia e a Historiografia

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Uma das principais fontes de estudo do povo hebreu e do monoteísmo religioso no mundo é o Velho Testamento. Segundo a Bíblia, os hebreus descendem de Abraão, patriarca que vivia na cidade de Ur  - na Mesopotâmia – e que teria recebido uma ordem de Deus para conduzir seu povo até a Terra Prometida, também chamada Canaã, ou Palestina, localizada onde hoje se encontra o Estado de Israel.

 

Velho Testamento Velho Testamento

 

Mais tarde, no decorrer do século XX a. C., um longo período de seca e fome teria obrigado os hebreus a deixar Canaã para se fixarem no Egito, onde acabariam escravizados. Ainda segundo o relato bíblico, no século XV a. C. eles teriam fugido de lá guiados por Moisés, profeta escolhido por Deus para conduzir o povo hebreu de volta à Terra Prometida. Depois de quarenta anos de travessia no deserto, os hebreus teriam chegado à Palestina.

Apesar das divergências de datas entre a historiografia e o Velho Testamento, a Bíblia pode ser usada como referência nos estudos de História. Juntamente com outras fontes, ela nos permite reconstruir a história dos hebreus e recuperar costumes de civilizações antigas, padrões de comportamento, mitos das regiões, etc.

(Fonte: Jaime Pinsky. As primeiras civilizações. São Paulo: Contexto, 2001. p. 180-9; John Man. A história do alfabeto. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002. p. 116-29; Paul Jonhnson. História dos judeus. Rio de Janeiro: Imago, 1989. p. 17-25.)

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Leia Também: Religião e Cultura - Hebreus

Os Estados Unidos a partir dos anos 1960 (Parte II)

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Denunciado pelo jornal Washington Post, que não poupou sequer a alta cúpula governamental, o escândalo atingiu Nixon e mobilizou toda a imprensa e a opinião pública norte-americana. Comprovado seu envolvimento, o presidente foi obrigado a renunciar. Caso não fizesse isso, seria impedido, pelo Congresso, de governar (impeachement). A presidência foi então ocupada pelo vice-presidente. Gerald Ford. (1974-1976), que, em 1975, concedeu “perdão pleno e absoluto” a Nixon por  todos os delitos que pudesse ter cometido enquanto ocupava a presidência.

Marcado pelas derrotas norte-americanas na Indochina (Vietnã, Laos e Camboja), o governo Ford viveu a plena desmoralização de seu partido e da administração republicana, o que impossibilitou sua tentativa de reeleição. A situação econômica norte-americana enfrentou dificuldades, com a elevação do preço do petróleo determinada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), dominada pelos países árabes. Os efeitos dessa alta foram sentidos em todo o mundo capitalista, espalhando a recessão e dificuldades, o que minou a liderança norte-americana e o governo Ford.

Gerald Ford Gerald Ford

 

Jimmy Carter

Eleito presidente pelo Partido Democrata, Jimmy Carter (1977-1980)  destacou-se pela intensificação dos acordos de distensão com os soviéticos, com a assinatura do Salt-2 (1979), e pela política de defesa dos direitos humanos. Essa política internacional motivou a redemocratização de países capitalistas sob ditaduras e intensificou as críticas às limitadas liberdades públicas nos países comunistas. Diante das denúncias de violações dos direitos humanos, como tortura, prisões e cerceamento da oposição, Carter chegou a negar créditos para a compra de armamentos  a vários países da América Latina, na época sem liberdades democráticas estabelecidas, como Brasil, Argentina, El Salvador e Guatemala.

Carter também mediou a Conferência de Camp David, em 1978, que deu origem a um tratado de paz entre Egito, governado na época por Anuar Sadat e Israel, dirigido por Menahin Begin. Com esse tratado, estabeleceram-se relações diplomáticas entre esses países, que havia anos estavam em guerra. Era o ponto de partida para a pacificação do Oriente Médio, a qual só avançou limitada e paulatinamente na década de 1990.

No final do governo Carter, emergiram diversas crises internacionais que arruinaram o prestígio da administração democrata. No Irã, em 1979, o xá Reza Pahlevi, tradicional aliado dos EUA, foi derrubado, e o chefe religioso muçulmano, o aiatolá Khomeini, proclamou a República Islâmica do Irã.

Jimmy Carter Jimmy Carter (1977-1980)

Pregando um nacionalismo religioso com posições radicalmente antinorte-americanas, militantes  islâmicos respaldados pelo governo iraniano ocuparam a embaixada norte-americana em Teerã, fazendo vários reféns. Em resposta, Carter tentou uma operação militar para resgata-los, que, entretanto, fracassou, desmoralizando seu governo.

Na Nicarágua, também em 1979, a Revolução Sandinista, de inspiração marxista, acabou com o longo período de dominação da família Somoza, aliada histórica dos Estados Unidos. A derrubada do ditador  Anastácio Somoza pelos guerrilheiros da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) envolveu o governo Carter em novas dificuldades para sua política externa.

Diante da intervenção soviética no Afeganistão, em 1979, o governo norte-americano  suspendeu acordos comerciais com a União Soviética e decidiu não participar das Olimpíadas de Moscou, de 1980, abalando os esforços internacionais para a aproximação entre os dois países.

Candidato à reeleição nas eleições presidenciais de 1980. Carter foi derrotado por Ronald Reagan, iniciando um novo período de predomínio do Partido Republicano. Reagan assumiu em 1981 e foi reeleito em 1984, permanecendo no poder por oito anos.

Cláudio Vicentino. Gianpaolo Dórigo. História para o ensino médio. História Geral e do Brasil.

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Estados Unidos a partir dos anos 1960 (Parte I)

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Richard Nixon, eleito pelo Partido Republicano em 1968 e reeleito em 1972, governou os Estados Unidos até 1974. Retomou a reaproximação com os países comunistas, sem perder  o tradicional caráter ofensivo, e iniciou mais um período de détente, tendo à frente o secretário de Estado Henry Kissinger.

 

Richard Nixon, ex-presidente dos Estados Unidos da América Richard Nixon, presidente dos EUA (1968-1974)

Em 1971, os Estados Unidos apoiaram a entrada da China comunista no Conselho de Segurança na ONU e, em 1972, o presidente norte-americano encontrou-se com Mao Tse-tung. A aproximação com a China caracterizava mais um passo ofensivo do governo americano, ao unir-se a uma potência vizinha e rival dos soviéticos.

Henry Kissinger, ex-secretário de Estado norte-americano. Henry  Kissinger,secretário de Estado do governo de Richard Nixon

Logo após a visita à China, Nixon foi à União Soviética, onde assinou com Brejnev o importante  Tratado Salt-1.

O período Nixon caracterizou-se também pela pressão da opinião pública em relação à Guerra do Vietnã, o que o levou a adotar a política de “vietnamização” da guerra, ou seja, a tentativa de retirar os soldados norte-americanos do conflito, oferecendo em contrapartida, armamentos ao seu aliado, o governo do Vietnã do Sul.

Enquanto levava adiante esse projeto, Nixon buscou enfraquecer os guerrilheiros do Vietnã do Sul, os vietcongues, bombardeando maciçamente seus apoiadores comunistas do Vietnã do Norte. Estes, entretanto, avançaram progressivamente, respondendo aos ataques.

Apesar da aproximação diplomática com os países comunistas, os Estados Unidos não descuidavam da sua supremacia   sobre os países subdesenvolvidos. Além da questão do Vietnã, participaram oficiosamente da derrubada do presidente chileno Salvador Allende, de tendência marxista, em 1972, cujas reformas prejudicavam seus interesses econômicos. Após um golpe sangrento, instaurou-se no Chile a ditadura militar de Augusto Pinochet.

Ao fim do governo Nixon deu-se com o caso Watergate, iniciado em 1972. Membros do Partido Republicano – ao qual Nixon pertencia – foram surpreendidos tentando instalar um sistema  de escuta para espionar os escritórios do rival Partido Democrata, no edifício Watergate, em Washington, a quatro meses das eleições presidenciais.

continua no próximo post…

Cláudio Vicentino. Gianpaolo Dórigo. História para o ensino médio. História Geral e do Brasil

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Trabalho Infantil

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As crianças estão entre as vítimas que mais sofrem com as desigualdades que caracterizam a sociedade  brasileira. Em 2006, em cada grupo de mil crianças nascidas, cerca de 33 morriam antes de completar 5 anos. Essa média, entretanto, esconde uma realidade ainda mais dramática. Assim, entre os 20% mais pobres, ela chega a 83 mortes por mil  nascidos vivos. Entre os 20% mais ricos, a relação é de 29 mortes a cada mil nascimentos.

Ao lado disso, segundo dados da Pesquisa  Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2006, 11,5% das crianças e adolescentes entre 5 e 7 anos são obrigados a trabalhar, às vezes em condições extremamente duras e penosas. São 5,1 milhões de menores de idade que correspondem a 5,7% da população ocupada.

Os dados do Pnad 2006 mostram que 41,14% das crianças que trabalham estavam na atividade agrícola, apesar de a proporção de trabalhadores nesse setor da economia já ser inferior a 20%. A maioria, 64,4% era do sexo masculino, e 59,1% eram negros e pardos.

trabalho infantil Trabalho Infantil

A renda per capita das famílias com trabalho infantil em 2006 era, em média, de R$280,00. Do contingente de menores que trabalhavam em 2006, 237 mil crianças estavam com idade entre 5 e 9 anos. Nada menos do que 63,7% dessas crianças eram negras e pardas, 44,3% não sabiam ler nem escrever e 6,9%  não frequentavam a escola.

Apesar dessa situação de pobreza de um número tão grande de crianças houve algumas conquistas a partir de 1990: diminuiu o percentual entre as crianças de 7 a 14 anos que estavam fora da escola; houve redução da taxa de mortalidade infantil; foi erradicada a poliomielite (Paralisia Infantil); e entrou em vigor o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que estabelece as bases legais de proteção à criança e ao adolescente.

Trecho do Estatuto da Criança e do Adolescente

    • Art.7º – A criança e o adolescente têm direito à proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.[…]
    • Art. 15º – A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis […]
    • Art. 53º – A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.[…]
    • Art.60º – É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz.
    • Art. 61º – A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação especial, sem prejuízo do disposto nesta Lei.

(www.planalto.gov.br. Acesso em 19.5.2008).

Nelson Piletti. Claudino Piletti. Thiago Tremonte. ensino fundamental

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