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Os templos dos Khmer

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Região hoje ocupada pelo Vietnã, Laos, Tailândia, Camboja, Mianma, Malásia, Indonésia e Filipinas, em tempos remotos o Sudeste Asiático recebeu forte influência da civilização hindu. Uma das marcas dessa influência foi a difusão do hinduísmo e do budismo, que se misturaram às crenças locais.

Desde o início da era cristã, os reinos surgidos na região mantinham importante rede de comércio com povos do Mediterrâneo, da África, da Índia  e da China. Arroz, especiarias, incenso, pedras e metais preciosos eram os principais itens de suas exportações.

Templo hinduísta  de Angkor Wat, século XII, Caboja Templo Angkor Wat, Camboja

Entre os séculos VII e XIII, surgiu na região  o reino Khmer, que ocupava áreas onde hoje se encontram  o Camboja, o Laos, a Tailândia e parte do Vietnã. Construída por volta do século IX, Angkor, a capital dos khmer, tornou-se um importante centro comercial. As principais construções desse povo foram os templos religiosos.

No século XII foi erguido o templo de Angkor Wat, a maior estrutura sacra do mundo. Dedicado ao deus hinduísta Vishnu, o templo tem mais de um quilômetro quadrado de área e suas paredes retratam várias cenas das epopéias hindus. No século XIII o rei Jayavarman VII adepto do budismo , ergueu junto a Angkor uma nova capital. Era Angkor Thom, cidadela protegida por uma muralha de 13 quilômetros de comprimento e com um enorme templo em homenagem a Buda.

Com a morte do rei em 1430, teve início  violenta guerra civil entre famílias aristocráticas em disputa pelo poder. Isso facilitou a conquista do território  por povos estrangeiros e provocou o fim do reino khmer.

Gislane e Reinaldo. História. ensino médio. volume único.

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Desculpas por ausência

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Tenho que pedir desculpas aos leitores do HISTOBLOG, estive ausente por motivos pessoais, e nos próximos dias não tenho certeza ainda se poderei atualizar o blog.

Minha mãe, uma senhora de 70 anos sofreu um acidente e quebrou o cotovelo e por esse motivo fez uma cirurgia para corrigir o trauma, na idade dela isso é um tanto grave, por este motivo estive afastada de minhas atividades para com o blog.

Peço desculpas e   compreensão de meus leitores e também um pouco de paciência, pois nos próximos dias ainda estarei um pouco atrapalhada e por consequência ausente.

Acredito que até o fim da semana, retomarei as atualizações.

Obrigado a todos e aproveitem os textos já existentes no blog para suas pesquisas.

Beijo Galera!

Susi

Escravos do século XXI

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Embora o trabalho escravo seja proibido pela Organização das Nações Unidas – ONU – desde 1956, ele ainda subsiste em várias partes do mundo e em muitos lugares funcionam verdadeiras redes  de tráfico humano.

E, abril de 2004, o Unicef (órgão da ONU) apresentou um relatório no qual denuncia que, dos 53 países africanos pesquisados, 89% traficam pessoas com nações vizinhas e 34% com nações europeias. As crianças são as maiores  vítimas, obrigadas a trabalhar como escravos, a atuar como soldados nos exércitos ou a se prostituir.

Trabalhadores rurais em protesto contra o trabalho escravo Protesto contra trabalho escravo (Brasil)

Nos Emirados Árabes Unidos, no Oriente Médio, as crianças são traficadas para servir de jóqueis de camelos. Em países como Paquistão, na Ásia, e Albânia e Portugal, na Europa, na Europa, ainda subsistem trabalhos compulsórios. As principais vítimas são as mulheres, usadas como escravas sexuais.

No Brasil, os escravos são principalmente agricultores recrutados por empreiteiros, e levados para trabalhar em latifúndios. Quando ali chegam, descobrem que já devem o dinheiro referente ao transporte e à alimentação consumida na viagem. É uma dívida que se perpetua e que permanece sempre maior que o salário a ser recebido. Estima-se que no Brasil existam de 15 mil a 40 mil trabalhadores nessa situação. Em todo o mundo, esse número deve chegar a 20 milhões de pessoas.

(Fonte: Unicef cobra ação contra tráfico de pessoas na África. disponível em www.bbc.co.uk/portuguese/notícias/story/2004/04/040423_slavery.shtml>. Acesso em 17.fev.2005; Marie Agnés Combesque. Entre guerras e miséria: os escravos de hoje. São Paulo: Scipione, 2002.)

Gislane e Reinaldo. História. ensino médio. volume único.

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Terra dos Samurais

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O Japão é um arquipélago formado por quatro ilhas principais e cerca de 4 mil ilhotas. Por muito tempo esse território fragmentado esteve dividido entre diversos pequenos reinos, até que, por volta de 660 a. C., esses reinos foram unificados por um líder chamado Jimu, que recebeu o título de imperador. Cerca de cem anos depois o budismo teria chegado ao Japão, onde se consolidou, junto com o xintoísmo, como uma de suas principais religiões.

Samurai japonês Samurai

A proteção do imperador e de seus cortesãos era garantida pelos samurais, guerreiros que lideravam  poderosos clãs provinciais. Os samurais tinham um rigoroso código de ética pautado pela coragem, honra e lealdade e contavam com diversos privilegiados, entre os quais o de receber grandes extensões de terra como presente do imperador.

Durante a dinastia Heian (794-1185), o poder imperial enfraqueceu gradativamente. Em 1185 o imperador concedeu a um dos chefes guerreiros, o samurai Minamoto Yoritomo, o título de xogum, que significa  “grande general, supremo conquistador dos bárbaros”. A partir de então, o verdadeiro governante passou a ser o xogum, escolhido sempre entre os chefes guerreiros, tornando-se o imperador uma figura praticamente decorativa.

Gislane e Reinaldo. História. ensino médio

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As viagens de Marco Polo

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Marco Polo (1254-1324) nasceu em Veneza na península Itálica. Membro de uma família de mercadores, em 1271 juntou-se ao pai, Nicolau, e partiu por uma rota terrestre em direção à China. Ali ele permaneceu por dezessete anos, percorreu todo o Império Mongol e se tornou pessoa de confiança de Kublai Khan. Depois viajou por outras regiões do continente asiático, como Índia, Pérsia e Ásia Menor, só retornando a Veneza em 1295, aos 41 anos de idade.

pintura do início do século XV, representa o imperador momgol Kublai Khan,, presenteando o mercador e viajante Marco Polo Kublai Khan, presenteando Marco Polo.

Publicadas na Península Itálica, as memórias de Marco Polo revelaram aos europeus a existência de civilizações complexas, ricas e culturalmente sofisticadas totalmente desconhecidas na Europa medieval. O livro contribuiu para estimular o comércio e a aproximação entre o Ocidente e o Oriente.

Gislane e Reinaldo. História. volume único.

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O final do governo Brejnev (Parte II)

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Com a morte de Brejnev, em 1982, intensificaram-se as dificuldades econômicas soviéticas, os entraves burocráticos ao desenvolvimento tecnológico e as dissidências internas, enquanto a ofensiva anticomunista do governo Reagan ganhava fôlego.

 

Leonid Brejnev Leonid Brejnev

Um bom exemplo foi a invasão do Afeganistão (1979), que deixou em aberto a questão da ocupação desse país após a morte de Brejnev. Ao condenar internacionalmente a invasão, o governo Carter promoveu uma grande ofensiva norte-americana, financiando e fornecendo armamentos aos guerrilheiros muçulmanos das montanhas afegãs. Durante a administração Reagan dizia-se que estava criado o “Vietnã” da União Soviética, pois o exército soviético vencia nas grandes cidades afegãs, mas era derrotado nas regiões interioranas caminhando para a derrota definitiva.

A Brejnev sucederam curtos governos da velha-guarda soviética: Iuri Andropov (1982-1984) e Konstantin Tchernenko (1984-1985), que mantiveram a deterioração política interna e externa e os elevados custos de manutenção da guerra do Afeganistão.

Com a morte de Tchernenko, ascendeu ao governo Mikhail Gorbatchev, que seria responsável por profundas alterações na política da União Soviética.

Cláudio Vicentino. Gianpaolo Dorigo. História para o ensino médio. História Geral e do Brasil.

 

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O final do governo Brejnev (Parte I)

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As medidas de força, como a repressão à Primavera de Praga, não eliminaram as crescentes críticas ao centralismo soviético. Pelo contrário, em 1976, os partidos comunistas da Europa Ocidental manifestaram sua oposição ao dirigismo e à tutela ideológica soviéticos. Divulgaram um documento por meio do qual defendiam a passagem do capitalismo para o socialismo de maneira autônoma, independente do Partido Comunista da União Soviética. Era a oficialização do eurocomunismo.

Na Polônia, já nos anos 1980, a pressão pela participação do operariado no governo liderada  pelo Sindicato Solidariedade, dirigido, por Lech Walesa, reativou a questão do socialismo democrático. Ganhando crescente  prestígio nacional e internacional, a atividade de Walesa e do Solidariedade acirrou as dificuldades nas relações Leste-oeste.

Comparativamente aos anos 1950 e 1960, a  perda do ritmo produtivo soviético – com diminuição das taxas de crescimento  industrial  e agrícola e de produtividade do trabalho, na renda per capita e no PNB – foi agravada pela não-participação da União Soviética no comércio mundial. O país deixou de exportar principalmente maquinaria, meios de transporte e equipamentos, como fazia nos anos 1960, para se concentrar cada vez mais na exportação de petróleo e gás, os quais representavam, em 1985, perto de 53% das exportações soviéticas.

Na mesma época, 60% de suas importações eram basicamente de máquinas e produtos industrializados. Tratava-se de um quadro que buscava satisfazer as necessidades mais prementes do país, segundo as determinações da nomenklatura (a alta burocracia soviética), suprindo necessidades localizadas, obtendo produtos importados e receitas imediatas, sem atacar com profundidade os impasses produtivos, ampliando a urgência de alteração de rumos.

Cláudio Vicentino. Gianpaolo Dorigo. História Geral e do Brasil

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Despotismo esclarecido em Portugal

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Em Portugal, o rei dom José I era adepto de algumas ideias iluministas. Logo que subiu ao trono, em 1750, nomeou  Sebastião José de Carvalho e Melo (depois marquês de Pombal) como secretário dos Negócios Estrangeiros e da Guerra ( uma espécie de primeiro-ministro).

Durante 27 anos  - de 1750 a 1777 – em que esteve à frente do governo português, Pombal fez importantes mudanças administrativas, realizadas com o objetivo de modernizar a economia do reino.  Para isso procurou racionalizar a  administração pública em Portugal e controlar e explorar de forma mais eficiente as colônias. A racionalização da administração pública era uma das mais práticas sugeridas pelo iluminismo.

Marques de Pombal. Marquês de Pombal

Em relação à América portuguesa. Pombal empreendeu diversas reformas, como a extinção das últimas capitanias hereditárias, a elevação do Estado do Brasil à categoria de vice-reino, governado por um vice-rei subordinado ao Conselho Ultramarino, e a transferência da capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro, pois o eixo econômico do Estado do Brasil havia se transferido para a região Sudeste com o crescimento da atividade mineradora.

Fiel aos princípios de uma sociedade baseada na razão, o marquês de Pombal expulsou os jesuítas dos territórios portugueses e determinou a reforma do ensino na colônia, objetivando sua secularização (sem interferência religiosa).

Nelson Piletti. Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e Vida Integrada.

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África: O papel da mulher

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Se as tradições religiosas e culturais vêm possibilitando aos povos africanos resistir aos inúmeros problemas que os afetam, as mulheres são, sem dúvida, os principais agentes dessa resistência.

Apesar de serem vítimas de ações resultantes de uma sociedade que as considerava inferiores  - violência sexual, falta de acesso à educação e aos postos formais de trabalho – as mulheres da África são hoje responsáveis pela manutenção da maioria das famílias pobres. É com seu trabalho que se desenvolve a agricultura de subsistência , e são elas que permanecem criando os filhos quando os homens partem em busca de trabalho ou são requisitados pelas guerras.

Programas como o Cinturão Verde, por exemplo – criado pela queniana Wangari Maathai, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 2004, que paga por muda de árvore plantada por mulheres –, baseiam-se na atuação e na solidariedade das mulheres para gerar renda e reflorestar parte da África.

É sobre elas também que se apoia a tarefa de  conter a epidemia de Aids na maior parte dos programas de prevenção que estão sendo desenvolvidos.

Rompendo séculos de opressão e domínio dos homens, as mulheres também começam a se tornar líderes políticas em seus países, como Ellen Jonhson-Sirleaf, atual presidente da Libéria que na campanha eleitoral afirmava: “Todos os homens falharam na Libéria, deixemos que seja uma mulher a tentar”.

Ou ainda a combativa Wangari Maathai, vice-ministra do Meio Ambiente do Quênia, que hoje comanda a luta continental pelo crescimento econômico sustentável e pelo fim da opressão feminina.

Se não são poucos os problemas que atingem o continente, também são poucos os sinais de que é possível pensar-se em construir uma nova África. Pois, como disse Wangari Maathai, “a África não é um continente pobre; é, sim, um continente empobrecido”.

Nelson Piletti, Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e vida Integrada.

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África Contemporânea

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A África é o mais pobre de todos os continentes. Embora seu subsolo guarde muitas riquezas em recursos naturais, como ouro, diamantes, petróleo, amplos setores de sua população passam fome.

A África é um continente mais de três vezes maior que o Brasil, com uma população de quase 900 milhões de pessoas, que falam um terço de todas as línguas existentes no planeta. Um continente, portanto, que abriga uma grande diversidade de culturas, de histórias, de religiões, bem como de recursos econômicos, de vegetação e de relevo. No norte, encontram-se países de influência árabe e de maioria muçulmana, como é o caso do Egito, da Líbia e da Argélia.

Ao sul desses países, a África é cortada de leste a oeste pelo deserto do Saara. Ao sul do Saara, encontra-se a África subsaariana.

Depois da descolonização

Após o fim da Segunda Guerra Mundial as antigas colônias africanas foram uma a uma conquistando sua independência.

Todo o continente viveu, até a década de 1980, esse processo de libertação. Os novos governos, não importa qual fosse a orientação política, tiveram de enfrentar uma situação muito parecida: possuíam pouca ou nenhuma indústria, viviam da exportação de alguns produtos primários, praticamente não contavam com técnicos – como engenheiros, médicos, administradores competentes – e seus líderes quase não tinham experiência de governo. Essa era a herança que a dominação européia havia deixado.

Mas todos almejavam o que lhes fora negado durante o domínio colonial: educação para as crianças, atendimento médico, hospitais, água potável em abundância, bons preços para os produtos agrícolas e uma vida digna e minimamente confortável. O problema era de onde sairiam os recursos para a esperada modernização?

Para promover as mudanças necessárias à superação das precárias condições sociais e econômicas, os novos países africanos precisavam de dinheiro e tecnologia. Já que não havia recursos, o dinheiro (assim como a tecnologia) teria de vir de fora – através de empréstimo ou por meio de exportações de suas riquezas minerais e agrícolas. Isso quer dizer que, ou precisariam se endividar, ou teriam de produzir muito do que os países compradores tinham necessidade.

Produtor de Algodão (África) produtor de algodão africano

A dependência econômica

A prioridade era produzir aquilo para o qual havia mercado internacional – especializando a produção agrícola e deixando de lado a cultura de alimentos. Esse movimento continua ainda hoje.

Em 2002, 73% do valor das exportações do Mali provinham do algodão; 55% das exportações do Malauí eram devidas ao tabaco; na Mauritânia, a pesca representava 50% das vendas.

Nelson Piletti, Claudino Piletti, THiago Tremonte. História e vida integrada.

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O Brasil depois de Getúlio

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O mandato de Getúlio Vargas, eleito presidente da República em 1950, foi bruscamente interrompido por seu suicídio em agosto de 1954. Seguiu-se um período de instabilidade política que durou cerca de um ano e meio. Morto Getúlio assumiu o vice-presidente, Café Filho, que logo se afastou do governo por problemas de saúde. Foi substituído então por Carlos Luz, presidente da Câmara dos Deputados, homem do Partido Social Democrático (PSD), mas simpático à União Democrática Nacional (UDN), contrária a Vargas.

Em outubro de 1955, ocorreram eleições presidenciais. Os vencedores foram o ex-governador de Minas Gerais, Juscelino Kubitschek de Oliveira (1902-1976), do PSD, para presidente, e o gaúcho João Goulart, conhecido como Jango (1919-1976), do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) para vice-presidente.

João Goulart Juscelino Kubitschek de Oliveira

João Goulart e Juscelino Kubitschek de Oliveira

A UDN, derrotada mais uma vez, tentou impedir a posse dos eleitos, pois tanto Juscelino quanto Jango eram de partidos que haviam apoiado Getúlio. Alegavam que Juscelino vencera, sim, mas  com a maioria simples e não maioria absoluta e que, portanto, não era legitimado pela vontade popular. Juscelino vencera com 36% dos votos

Entretanto, antes que  qualquer atitude fosse tomada para impedir a posse de Juscelino e de Jango, o Ministro da Guerra Teixeira Lott (1894-1984), ocupou militarmente o Rio de Janeiro e depôs o presidente Carlos Luz. Com isso o presidente do Senado Nereu Ramos (1888-1958), do  PSD, assumiu a Presidência. Assim, em janeiro de 1956, Juscelino e Jango puderam tomar posse. Mais tarde o general Lott seria promovido a marechal.

(Maioria Absoluta: formada por 50% dos votos mais um)

 

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Revolta dos Cipaios (1857-1858)

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Em 1857, explodiu   na Índia uma rebelião de grandes proporções, promovida por soldados indianos. Conhecidos como cipaios, esses soldados eram de religião muçulmana e haviam sido recrutados pelos ingleses, que pretendiam utilizá-los na formação de um exército colonial. Os cipaios rejeitaram essa pretensão e se rebelaram conta o domínio dos ingleses. A rebelião se alastrou  rapidamente pelo norte da Índia. Os ingleses, porém, conseguiram controlar a situação em 1958, quando derrotaram os cipaios, promovendo um massacre em suas fileiras.

 

Revolta dos Cipaios  dominação britânica na Índiaindianos feridos na revolta dos cipaios

 

Os rebeldes eram executados pelos ingleses a tiros de canhão durante a Revolta dos Cipaios. O estopim do movimento foi o uso, pelos ingleses, de banha de vaca para embalar munições. Isso revoltou os indianos, que consideravam a vaca um animal sagrado.

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Os cangaceiros (Parte II)

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Entre 1920 e 1938, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, chefiou o principal bando de cangaceiros do Nordeste.

Em alguns livros encontra-se a informação de que esses bandos promoviam saques para conseguir suprimentos que distribuíam aos pobres. Essa interpretação tem alimentado a idéia de que os cangaceiros faziam justiça com as próprias mãos. No entanto, estudiosos do assunto, mostram que os cangaceiros foram realmente cruéis e sanguinários, tanto com os ricos quanto com os pobres. A distribuição de bens entre os pobres, que aliás se fazia muito raramente, orientava-se por uma perspectiva que nada tinha de igualitária.

Lampião e Maria Bonita Lampião e Maria Bonita

 

Tanto Antônio Silvino quantos outros chefes do cangaço costumavam distribuir parte do que saqueavam aos pobres que os auxiliavam e os apoiavam. Os pobres que apoiavam seus rivais (no caso dos coronéis) ou apoiavam coronéis inimigos e a polícia (no caso dos cangaceiros) eram cruelmente martirizados quando apanhados.

Perseguidos pela polícia, os cangaceiros estavam sempre em movimento e muitas vezes eram protegidos e escondidos pela população. Quem delatasse seu esconderijo, quando descoberto, era severamente castigado e até morto. Alguns coronéis também protegiam os cangaceiros, tanto para evitar ataques às suas propriedades quando receber ajuda quando precisassem. Aquele que escondia e protegia cangaceiros era denominado coiteiro.

Sanguinários ou não, as façanhas dos cangaceiros têm sido fonte de inspiração para a literatura – de cordel, sobretudo – letras de músicas, cinema, teatro, etc. Vários filmes trataram do tema, como O cangaceiro, de Vítor Lima Barreto; O baile perfumado, de Lírio Ferreira e Paulo Caldas; Corisco e Dadá, de Rosemberg Cariry

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Os Cangaceiros (Parte I)

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Nas últimas décadas do século XIX a situação do Nordeste tornou-se mais fácil para a população do sertão. Foi a época em que surgiram Antônio Conselheiro e seus seguidores. Surgiram também bandos de cangaceiros independentes, livres do controle dos coronéis e que passaram a agir em vários estados nordestinos. Era o fenômeno do cangaço independente (cangaceiros subordinados aos fazendeiros já existiam desde o século XVIII).

Cangaceiros Cangaceiros

O cangaço consistiu na atuação de bandos de homens armados que saqueavam fazendas, vilas e cidades ou atacavam determinadas personalidades – fazendeiros ou políticos –, geralmente com o propósito de vingança. Bandos importantes surgiram durante a grande seca de 1877-1879, quando morreram de fome mais de 300 mil nordestinos – 60 mil deles no Ceará, que tinha na época 800 mil habitantes. Morreram também mais de 600 mil cabeças de gado.

Os bandos de cangaceiros eram conhecidos pelos nomes dos seus chefes. O primeiro foi  o de João Calangro, depois veio o de Jesuíno Brilhante, em seguida, na passagem do século o de Antônio Silvino, o governador do sertão.

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Euclides da Cunha

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A Guerra de Canudos tornou famoso um até então desconhecido engenheiro e jornalista: Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha, ou simplesmente Euclides da Cunha. Nascido em Cantagalo, Rio de Janeiro, em 20 de janeiro de 1866, foi um dos principais repórteres a acompanhar a última expedição contra Canudos.

Tendo abandonado a carreira militar pela engenharia, foi na literatura que mais se destacou. Em 1897, Euclides da Cunha foi enviado pelo jornal O Estado de S. Paulo para acompanhar a guerra  contra Canudos, onde recolheu o material que lhe possibilitou escrever Os sertões, obra publicada em 1902 e considerada um clássico da literatura latino-americana. Graças a essa obra, tornou-se um dos mais importantes autores da literatura brasileira, sendo eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1903.

Euclides da Cunha morreu assassinado no Rio de Janeiro em 1909.

Euclides da Cunha

Veja trecho extraído de Os sertões.

Fechemos este livro.

Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a História, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil soldados.

Forremo-nos à tarefa de descrever os seus últimos momentos. Nem poderíamos fazê-lo . Esta página imaginamo-la sempre profundamente emocionante e trágica; mas cerramo-la vacilante e sem brilhos.

Vimos como quem vinga uma montanha altíssima. No alto, a par de uma perspectiva maior, a vertigem…

Ademais, não desafiaria a incredulidade do futuro a narrativa de pormenores em que se amostrassem mulheres precipitando-se nas fogueiras dos próprios lares, abraçadas aos filhos pequeninos.

E de que modo comentaríamos, com a só fragilidade da palavra humana, o fato singular de não aparecerem mais, desde a manhã de 3 os prisioneiros válidos colhidos na véspera, e entre eles aquele Antônio Beatinho, que se nos entregara, confiante – e a quem devemos preciosos esclarecimentos sobre esta fase obscura  da nossa História? Caiu o arraial a 5.

No dia 6 acabaram de o destruir desmanchando-lhes as casas, 5 200, cuidadosamente contadas.

(CUNHA, Euclides da, Os sertões. São Paulo: Três, 1984 (Biblioteca do Estudante). Disponível  em: www.dominiopublico.gov.br. acesso em  julho,2008.)

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