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Um trono manchado de sangue

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Em 1894, subiu ao trono do Império Russo o Czar Nicolau II, (1868-1918), da dinastia Romanov. Sob seu governo, a Rússia enfrentou duas guerras, aumentando ainda mais os problemas internos do país. Uma delas foi a Guerra Russo-Japonesa (1904-1905), causada pela disputa de territórios na China e vencida pelos japoneses.

A derrota mergulhou a Rússia numa grave crise econômica e aumentou o descontentamento de diferentes grupos sociais com o governo. Começaram a ocorrer greves e movimentos  reivindicatórios, duramente reprimidos pela polícia czarista.

No dia 9 de janeiro de 1905 (pelo calendário russo na época), um domingo, cerca de 200 mil trabalhadores de São Petersburgo, então capital da Rússia, se concentraram diante do Palácio de Inverno, onde se encontrava o czar. Liderados pelo padre cristão ortodoxo Georg Gapon (1870-1906), pretendiam entregar a Nicolau II um documento em que reivindicavam melhores condições de vida e de trabalho. As tropas do governo, contudo, receberam os manifestantes com tiros de fuzil. Muitas pessoas morreram. O incidente ficou conhecido como Domingo Sangrento.

Como consequência, novas greves e manifestações explodiram nas cidades. Reações violentas também ocorreram no campo. Tentando diminuir as tensões, o czar anunciou eleições para a Duma, uma espécie de Parlamento. Apesar disso, nos últimos meses de 1905, novas greves paralisaram as cidades.

Nesse processo, os trabalhadores começaram a criar novas formas de organização, como os conselhos de operários (sovietes), formados por representantes de fábricas e bairros operários. Ao mesmo tempo, cresceu entre os trabalhadores a influência do Partido Operário Social-Democrata Russo, de orientação marxista, fundado em 1898.

Entretanto, esses avanços do movimento revolucionário foram contidos pela repressão das tropas do czar. Muitas pessoas foram presas, entre elas Leon Trotski, presidente do soviete de São Petersburgo.

Nelson Piletti. Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e Vida Integrada.

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Independência do Brasil – Mito e Realidade

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 Dia 7 de setembro comemoraremos a independência do Brasil. Essa data é muito importante para o povo do nosso país, mas poucos cidadãos sabem o que de fato aconteceu naquele longínquo 1822. Existem muitos mitos sobre a independência brasileira, alimentados pela mídia ou pelo senso comum.

O primeiro deles é que a independência foi um fato isolado, um acontecimento heróico, que teve na liderança de Dom Pedro a razão principal de sua existência. Muitos se esquecem de localizar a independência do Brasil como mais um capítulo da crise do Antigo Regime europeu e do antigo sistema colonial. Muitos países latinos americanos já haviam obtido a independência naqueles tempos. Além disso, desde o século XVIII, ocorriam diversas revoltas contra a metrópole portuguesa no Brasil, como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, que colocavam em xeque o poderio português na sua colônia americana.

Antes mesmo da chegada da corte portuguesa, em 1808, já se pensava na emancipação de nosso país. Em 1815, o Brasil foi elevado à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves, e esse fato político, por si só, determinava uma nova condição para o país. Seguindo esse viés, o ano de 1822 foi uma etapa natural do processo de independência de uma nação submetida ao jugo de um povo europeu.

 

Pintura Independência ou Morte, Pedro Américo Pintura: Independência ou Morte, Pedro Américo – Museu Paulista

Talvez essa visão heróica dos acontecimentos que envolveram o 7 de setembro tenha sido eternizada pela pintura de Pedro Américo:Independência ou Morte, exposta no Museu Paulista. O quadro nos mostra a figura de Dom Pedro ao centro, num ato bravo, declarando nossa emancipação política. Entretanto, é por vezes desconsiderado o fato de que o quadro foi uma encomenda do Imperador Pedro II, que queria eternizar aquele momento-chave para a história brasileira. Dizem que Pedro Américo teria se inspirado em Ernest Meissonier, o que era comum aos pintores da época. O quadro de Pedro Américo é quase uma cópia de Napoleão III na Batalha de Solferino.

O segundo mito sobre a independência brasileira é o de que ela teria alterado muitas das características políticas, econômicas e sociais existentes na época. Isso não é verdade. A independência serviu para consolidar o modelo monárquico, no qual o chefe de estado e de governo era o filho do rei português. Além disso, consolidou um modelo agroexportador, baseado na mão de obra escrava negra, que resultava numa sociedade desigual, altamente concentradora de riquezas.

O terceiro mito é o de que não houve nenhuma participação popular no processo de independência. Isso também não é verdade. Houve guerras sim, em várias partes do país. Em províncias distantes do centro sul do Brasil, como Bahia, Cisplatina, Grão-Pará e Maranhão, os conflitos foram intensos e houve muitas mortes, devido ao fato de o governo português se envolver diretamente no conflito ou contratar mercenários para realizar as guerras em seu nome.

Enfim, o 7 de setembro se aproxima e devemos utilizar essa data para pensar em nossa nacionalidade, naquilo que produzimos de positivo para o mundo, mas também nos nossos problemas e lutar para solucioná-los a fim de deixarmos um país mais digno e honesto para as futuras gerações. As eleições virão logo em seguida e essa é uma oportunidade magnífica para elegermos aqueles que de fato se comprometem para a construção de um excelente país para todos os brasileiros.

Ricardo Barros Sayeg: Professor de História do Colégio Paulista e Mestre em Educação.

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A Revolução Mexicana

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Em 1911, uma revolução derrubava o ditador Porfírio Díaz (1830-1915), que se encontrava no poder desde 1876. Por essa época, quase todo território mexicano pertencia a cerca de 840 latifundiários.

A falta de terra para os pequenos agricultores e os baixos salários pagos pelos capitalistas estrangeiros  aos trabalhadores, somados à opressão política, deram origem a vários conflitos no país, todos eles fortemente sufocados pelas tropas governamentais.

Em 1910 Francisco Madero (1873-1913), um aristocrata liberal defensor de reformas, liderou uma rebelião que culminou na queda do ditador no ano seguinte. Grande parte do êxito da revolta deveu-se a dois líderes camponeses: Pancho Villa (1878-1923) e Emiliano Zapata (1879-1919). Villa criou milícias revolucionárias no norte do México; Zapata organizou e armou forças camponesas no sul do país.

 

Emiliano Zapata, por Diego Rivera Retrato de Emiliano Zapata, por Diego Rivera

Uma vez no poder, Madero entrou em choque com Villa e Zapata. Estes queriam uma reforma  agrária que extinguisse os latifúndios. Já o presidente Madero temia a radicalização do processo revolucionário. Em fevereiro  de 1913, Madero foi assassinado pelo general Huerta. Pouco depois, forças norte-americanas ocuparam o porto de Vera Cruz. Huerta   afastou-se do poder e a Presidência da República passou a ser ocupada pelo liberal Venustiano Carranza.

Em 1917 foi aprovada uma nova Constituição e uma lei Agrária que autorizava a desapropriação de grandes propriedades e a distribuição de terras entre os camponeses. Dois anos depois, Zapata era assassinado em uma emboscada armada por forças do governo. Quanto a Carranza, também seria morto em 1920 por soldados a serviço do general Álvaro Obregón, que em seguida se elegeria presidente da República. Terminava assim, a Revolução Mexicana.

Gislane e Reinaldo. História. ensino médio. volume único

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Revolução Farroupilha – Ataque Surpresa

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Fevereiro de 1843. Sete mil homens marcharam à Fronteira Oeste da província sob as ordens de Luís Alves de Lima e Silva à caça dos farrapos. Com pressa e para ganhar agilidade, o futuro duque de Caxias, em março, deixou em São Gabriel parte da bagagem, a cavalhada e 2 mil homens. Além de precipitar o confronto, o comandante queria 14 mil cavalos dos republicanos espalhados pela fronteira. Foi em vão. Os farrapos escapuliam por caminhos que dominavam e evadiram a manada da região. Caxias teve de ir ao Uruguai comprar montaria. E os inimigos aproveitaram para atacar São Gabriel, em 10 de abril. “O desastre é completo. Toda a cavalhada é recolhida pelos rebeldes”, escreve Morivalde Calvet Fagundes.

Revolução FarroupilhaCombate: Revolução Farroupilha 

As táticas de guerrilha fizeram da Revolução Farroupilha o mais longo levante contra o império (1835-1845). As tropas farroupilhas estruturavam-se ou se dissolviam rapidamente e fugiam dos  grandes embates. Pretendiam vencer pelo cansaço atacando pequenos batalhões. O eficiente serviço de correio, inspirado no do conquistador mongol Gêngis Khan. “O correio tinha prioridade no uso dos cavalos até sobre os generais”, diz o coronel Cláudio Bento, presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil.

Os oficiais republicanos eram basicamente estancieiros, talhados em lutas para proteger a permeável fronteira local. Em 1839, os rebeldes tinham 6903 membros de cavalaria, 2247 de infantaria e 222 de artilharia. No início, os imperiais lutavam principalmente a pé.

Para Bento, foi com base no comando de Caxias, em 1842, que o governo apostou na cavalaria e descobriu a chave para sufocar os revoltosos.

fonte: revista Aventuras na História. ed. 86. Set. 2010. por: Sebastião Ribeiro

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Produção Cultural

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Segundo pesquisas recentes, a escrita egípcia é uma das mais antigas do mundo. Seus primeiros sinais podem datar de 3500 a.C.

Tratava-se de um sistema complexo, feito com sinais ou caracteres pictóricos, conhecidos como hieróglifos, que representavam imagens como pássaros, insetos e objetos.

planta papiro Papiro  (planta)

A partir dos hieróglifos foram desenvolvidos outros sistemas, cada qual  utilizado em uma situação específica.

Como suporte  para a escrita, os egípcios utilizavam o papiro, espécie de papel fabricado com o talo de uma planta de mesmo nome que crescia à beira do Nilo.

alfabeto do egito Hieróglifos e as letras correspondentes no alfabeto utilizado atualmente no Brasil

Depois de cair em desuso, a escrita hieroglífica acabou esquecida, graças ao trabalho intenso da equipe comandada pelo pesquisador francês Jean-François Champollion (1790 – 1832).

 

Pictórico: Referente ou próprio da pintura do desenho

Nelson Piletti, Claudino Piletti, Thiago Tremonte. História e vida integrada.

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Maternidade Árabe

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Na primavera  de 1452, Caterina e Piero davam à luz um dos maiores artistas da História. Naquele 15 de abril, nascia Leonardo Da Vinci. Autor de obras como Mona Lisa, Última ceia e Homem Vitruviano, o italiano foi considerado descendente de uma linhagem de camponeses por muito tempo. Seu pai, Piero Da Vinci, era um senhor das terras onde ele e sua mulher, também camponesa, viviam. Mas pesquisas apontam para um dado cada veza mais certo: Caterina não era camponesa, mas uma escrava originária do Oriente Médio.

Leonardo Da Vinci Leonardo Da Vinci

De acordo com Alessandro Vezzosi, fundador do Museu Ideal de Da Vinci, à época era comum famílias proeminentes trazerem mulheres do Leste Europeu e do Oriente Médio para trabalharem como escravas. Quando chegavam à Itália, as moças eram batizadas e recebiam um novo nome  _ sendo os mais comuns Maria, Marta e Caterina. Estudos mostram que a única Caterina provável na vida de Piero teria sido escrava de um amigo banqueiro. Em seu testamento, o nobre nomeava Piero o novo domo de sua residência em Ghibellina. Para sua mulher, Agnola, deixava apenas a escrava. Acredita-se, no entanto, que Piero teria aceitado deixar a viúva na casa em troca de … Caterina. As suspeitas se reforçam após a abertura do testamento, já que não existem mais vestígios da vida da escrava no dia a dia de Agnola. As pesquisas de Vezzosi afirmam ainda que Da Vinci teria nascido um ano após Caterina ter deixado a casa de Agnola. Análises recentes em suas obras reafirmam que ele teria ascendência árabe.

Fonte: revista Aventuras na História. ed. 86 –Set. 2010

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